sábado, 12 de fevereiro de 2011

Diários de Campanha: Mesas do Professor em Férias


E aí, pessoal? Com autorização da "chefia" da casa, vou postar semanalmente, nesse horário, os diários de campanha de meu grupo de jogo oficial. Isso também ajuda nas Lições, já que posso mostrar como o que digo lá é aplicado na prática. No momento, estamos em férias. Um dos jogadores (o que interpreta Ossur) está trabalhando no litoral catarinense e nos deixou por uns tempos. Mas, isso não é motivo para não rolar um RPG! Entonces, confiram aí o que rolou nessas férias de verão!
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Nossa campanha de verão começou no finalzinho de dezembro. Nos reunimos em torno da mesa para criarmos nossos personagens. Como sistema, optamos pelo Old Dragon, afinal, se eu consegui uma das caixas, não foi para bonito! Mantivemos nosso cenário favorito: Forgotten Realms. Após cinco anos, deixei o post de Mestre e virei um Jogador! AAAEEEE!! Nosso grupo ficou assim:

- Eu, interpretando o Cão Negro, um elfo ladrão.
- Daniel, interpretando Lakrimas, um mago maligno.
- Odair, interpretando Ergo Teeh, um homem de armas com tendências bárbaras.
- Uésler, interpretando Eriath, um clérigo de Kossuth, deus das chamas

Conversamos com Maurício, nosso Mestre, e rolamos 4d6, excluíndo o menor número e distribuíndo na ordem em que saia. Uma loucura... mas, super divertido! Viva o aleatório!

Recebemos um chamado para irmos a Calaunt (estavamos em Procampur), uma cidade costeira conhecida pela criminalidade e pelos cortumes que infectam o ar com seu fedor nauseabundo. Os lordes locais estavam sendo "aliviados" de seus pertences mágicos e Halabankh, um dos membros do conselho, queria que descobríssemos quem eram os culpados.

Durante a viagem, fomos atacados por um grupo de orcs, aos quais eliminamos sem problemas. Mais a frente, encontramos um acampamento kobold. Eu, como diplomata, fui até lá tentar ludibriar os bichinhos e não perder preciosos PVs com tão poucos XPS. Tudo certo, conversei com eles, me deixaram passar, acenei para o grupo e... Ergo Teeh atacou o acampamento em carga com seu machado... maledeto! Luta rápida, mas perdemos alguns PVs...

Por fim, no último dia de viagem, nosso acampamento foi atacado por dois ladrões. Meu elfo, por não dormir, ouviu barulhos. Acordei Ergo e fui investigar o que era. Vi os dois salafrários: um caminhava em direção à barraca onde nosso mago dormia e outro apontava seu arco para Ergo, que já se preparava para pegar o primeiro bandido. Atirei com meu arco e... 20! Na pinha! Lancei 1d8 e.... 8! Portanto, 8x2 (crítico) = 16. 16x2 (ataque pelas costas, já que ele não me viu), 32! Feito! Um marginal a menos. Enquanto isso, Ergo brandiu seu machado contra o outro infeliz. Não foi um crítico, mas, com um único golpe, "tá lá mais um corpo estendido no chão"! E assim acabamos a primeira sessão.

Na segunda sessão, Gilvonei juntou-se a nós e criou Gwarkaenow (ainda não sei se é assim que se escreve), outro mago. Já em Calaunt, começamos as investigações. Conhecemos alguns PDMs, fomos às compras e começou a diversão:

Lakrimas decidiu visitar a "Casa dos Ganchos Escarlate", um templo de Loviatar, e foi torturado prazerosamente pela clériga do local. RPG Privê... hehehe! Enquanto isso, o restante do grupo visitou a estalagem do "Unicórnio Chorão". Tentei um diálogo com o taverneiro, mas esse foi mais grosso que um parafuso de patrola. Resolvi sentar e aguardar o resto do pessoal fazer uma refeição. Eriath, o clérigo, resolveu ir até a porta, pegar um ar e nos esperar nas escadas.

Nisso, Ergo mostrou mais uma vez sua truculência, levantando e tentando acertar o taverneiro com um soco... 2 no dado e um erro. Os cinco homens que estavam na taverna correram até ele. O taverneiro tentava fugir pela porta dos fundos. Ergo caiu no braço (braço mesmo, sem armas) com os cinco homens, jogando-se contra eles e derrubando três deles consigo próprio no chão. Gwarkaenow pulou por cima do balcão tentando deter o taverneiro, antes que ele chamasse os guardas. Eriath voltou e saiu na porrada com os outros dois que estavam em pé.
E eu? Bem, eu continuei sentado, bebendo minha cerveja... briga de taverna não é comigo.

Na segunda rodada, após apanhar um bocado, Ergo continou rolando pelo chão com os três caras, trocando socos e pontapés. Eriath derrubou um dos inimigos enquanto o outro lhe acertou uma bordoada. Gwarkaenow passou em um teste de Força (!!) e derrubou uma porta(!!), vendo que o taverneiro já havia ganhado as ruas. Eu larguei a bebida, afanei os bolsos dos três inimigos mais próximos e corri porta afora. Afinal, as coisas estavam ficando quentes...

Final da história: chegaram os guardas e prenderam o pessoal. Eu os segui, conversando em élfico com Gwar, dizendo que buscaria ajuda. Enquanto nossos amigos eram presos nos calabouços da cidade, eu encontrava Lakrimas saindo do templo de Loviatar. Ao saber das notícias, ele apenas disse que isso pouco importava. Mago maligno é assim... mas convenci-o de que os outros eram importantes, ao menos para nos defender, e bolamos um plano de invasão. O plano incluia uma invasão à fortaleza e o resgate dos amigos. Vendo que era uma péssima ideia, decidimos pedir que Halabankh intercedesse...

Todos livres, caminhávamos pela noite quando vimos dois vultos correndo. Aproximei-me e encontrei um guarda morto. Soltei o verbo e começamos a perseguir os vultos pela cidade. A fuga nos levou para fora dos muros, no meio da mata. Lá, encontramos um cemitério e um pequeno templo. Um dos vultos parou e outro entrou na casa. O vulto que ficou ergueu sua mão e dez zumbis saíram do chão. Um clérigo "malígno maléfico", foi o que gritamos. Os zumbis foram fáceis, tirando o fato de terem derubado nossos dois magos que eu não sei por que diabos enfiaram na frente do grupo para atacar com seus cajados...

Zumbis fora de combate, hora de eliminar o big boss. Foi uma luta difícil: Cão Negro e Ergo trocando porrada com o inimigo. Tiramos uns bons pontos de vida dele, enquanto Eriath sanava os ferimentos dos magos. Lakrimas correu até nós e lançou "mãos flamejantes", tostando o necromantezinho de uma figa. Ergo aproveitou a deixa e lançou um frasco de óleo que levava nos bolsos, causando mais dano e mais fogo. Eu decidi que era hora de um ataque pelas costas e tudo estaria acabado! Mas, o clérigo não só sobreviveu como nos paralisou... nosso destino estava nas mãos de Gwar e Eriath.

Gwar teve a ótima ideia de lançar sono, mesmo com o mestre avisando que ele precisaria tirar 4 no 1d4... lançado o dado e... 4! Enquanto comemorávamos a morte do infeliz, o Mestre cortou o barato: "ele vai acordar na próxima rodada, porque está queimando". Eriath seria nossa salvação: ele ainda tinha um ataque antes que o inimigo acordasse. Como estava sem sua maça, Eriath colocou o escudo sobre o inimigo e desceu o golpe... o dado girou, girou e... 1... um maldito 1.. Eriath caiu com o pé ferido pelo próprio escudo e o necromante levantou-se, brandindo seu mangual contra o pobre mago Gwar (que, nessa hora, já deixava escorrer o mijo pelas pernas, certo de sua morte). O Mestre lançou o dado, sorrindo, sádico, e... 1! FEITO! Nunca vi uma mesa comemorar tanto uma falha crítica: devido a sua arma caótica, lá estava o clérigo paralisado por ele mesmo. Gwar cobrou-se, matando o clérigo literalmente à pauladas...
O erro crítico salvador da pátria...
Bom, a terceira sessão fica para a próxima, pois o post já está enorme. Sábado que vem, conto o que aconteceu nas duas últimas aventuras. Em março, essa "micro-campanha" acaba e voltamos à campanha "oficial", então, não percam! Um abraço!
Prof. AlessandroAlessandro é professor de Inglês, Espanhol, Português, Religião e Literatura devido à profissão. Cineasta, cientista, astrônomo (não astrólogo...), artista plástico, ator, músico, linguista, poliglota, crítico e escritor devido à paixão. Leitor, RPGista, nerd, cinéfilo, enólogo e ocultista devido à diversão. Maníaco por cultura devido a algum mal genético. Ah, e chato, por pura força de vontade.

8 comentários:

  1. KkkkkkkkkkkkkKKK Estranho não? Esses erros críticos sempre vem em boa hora.

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  2. ou em má...
    primeira sessão de Mighty Blade, o assassino do grupo vai ataar o cara com uma flechada e... Erro Critico... o arco se partiu e ele caiu de costas no chão!
    Na mesma sessão ocorreu do esqueleto inimigo acertar a cabeça do outro esqueleto que tava atacando um PJ...

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  3. AHuahuahau! Mto boa a história dos críticos seguidos... Agora eu tenho azar de só tirar 20 no dado contra mortos vivos...aí eu sempre grito: CRÍTICO!!! pra logo depois ouvir: Morto vivo não leva crítico... ahuahauhau

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  4. Muito bom cara, parece ter sido uma aventura frenética, rsrsrs.

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  5. Ah, só para constar: o Maurício, mestre dessas aventuras, joga RPG há 7 meses (na época, 6)! Isso mesmo! E o melhor, só leu o manual do Old Dragon dias antes das sessões. Isso só confirma minha tese de que não é necessário "experiência de jogo" para mestrar. Basta ter criatividade, bom senso e participação do grupo. Palmas ao Maurício e palmas ao grupo pelas interpretações impagáveis (e que tomariam muito espaço no post...).

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  6. Ah, esqueceste do fogo alquímico lançado no maldito clérigo! Hail Lakrimas, amante dos chicotes da Casa dos Ganchos e de suas gostosíssimas portadoras!

    Lakrimas Profundere, vulgo "Daniel Seimetz"

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  7. Puxa e fui eu que matei o maldito a pauladas...
    Cara, um necromante de 5º nível apanhou de 5 p´r-rapados de 1º... Foi a batalha mais tensa e divertida de que me lembro...
    E vou dizer de novo Alessandro... Meu nome é GwarkaenoN (sentiu o "n"?)...
    by Gilvonei Wingert

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