Boa noite, turma! Precisando de novos deuses para sua mesa ou seu cenário? Sem problemas! Eis um panteão novinho em folha para D&D!
Como vocês já devem ter percebido, entrei de cabeça no novo D&D. Por quê? Bom, em breve farei um post falando sobre isso e explicando porque vale a pena dar uma chance à 5ª Edição. Um dos motivos foi justamente a classe clérigo e a nova visão de domínios.
Na nova edição, temos apenas oito domínios (ao menos por enquanto): Luz, Natureza, Vida, Tempestade, Guerra, Conhecimento, Enganação e Morte. No entanto, cada um deles representa aspectos mais completos. Luz, por exemplo, representa tanto o sol, as estrelas, o fogo como também a beleza, a perfeição. Pode parecer bem estranho, mas, se pensarmos nos deuses gregos, era mais ou menos assim. O próprio Apolo era tanto deus do sol quanto da perfeição, da beleza.
Cada domínio dá acesso a vários poderes além das magias de domínio. Proficiência em armas, armaduras, habilidades de cura, etc. Assim sendo, o domínio amplia ainda mais a versatilidade e a originalidade do clérigo.
Bom, vamos a um panteão novinho, apresentando dois deuses para cada domínio? Partiu!
Domínio do Conhecimento
Mithrandir, o Peregrino (Caótico e Bom)
Também chamado de Peregrino Cinzento, é o deus do conhecimento acadêmico e da magia. É retratado como um senhor de longas barbas, trajando cinza e apoiado em um cajado. Dizem que ele vaga por aí, presenteando os mortais com o dom da sabedoria e do conhecimento.
Mithrandir (inspirado em Odin e Gandalf)
Wayland, o Ferreiro (Neutro e Bom)
O Ferreiro dos Deuses, ou o Deus Manco. Wayland é o deus das forjas e dos ofícios, patrono dos artífices de todo o mundo e dos anões. É retratado como um anão de meia idade, arqueado pelo trabalho e manco de uma perna. Foi ele quem forjou a Vingadora Sagrada, a espada de Túrin, o deus da justiça, e o Portador da Carnificina, o martelo de Thuor.
Domínio da Luz
Elendil, o Alto (Leal e Bom)
O Cavaleiro Dourado, o Purificador. Elendil é o deus do sol e da purificação. Seus clérigos são caçadores de mortos-vivos e caídos (não achei tradução melhor para fiend, no sentido do D&D). É retratado como um guerreiro elfo loiro, armado com espada longa e arco. Ele é o patrono dos paladinos que seguem o Voto da Devoção.
Elendil (inspirado em Ëarendil)
Brego, o Cavaleiro (Leal e Neutro)
O Civilizador, o Governante. Deus das cidades e dos povoados, bem como das viagens, dos cavalos e do comércio, Brego é adorado pelos chamados civilizados. Seus ensinamentos pregam que os povos precisam evoluir e o progresso precisa chegar a todos os cantos do mundo para que todos prosperem.
Domínio da Natureza
Iona, a Verdejante (Neutra)
A Deusa-Primeva, a Mãe-Natureza. Adorada principalmente por druidas e rangers, é a deusa da natureza e das plantas. Não possui templos fechados, sua adoração se dá ao ar livre, longe da civilização. É retratada como uma senhora de cabelos grisalhos, porém seu rosto é de uma jovem. Anda sempre vestida em tons de verde e marrom, mesclando-se com as matas que costuma visitar.
Herne, o Caçador (Neutro e Bom)
O Cornífero, o Homem-Verde, deus dos animais e dos caçadores. É retratado como um homem com cabeça de cervo, sempre portanto um arco longo. Protetor dos rangers e dos arqueiros, patrono dos paladinos que seguem o Voto dos Antepassados.
Herne (inspirado no Herne do folclore inglês)
Domínio da Tempestade
Thuor, o Furioso (Caótico e Neutro)
Senhor do Trovão, Pai da Fúria. Deus das tempestades, das chuvas e dos bárbaros. É retratado como um bárbaro, trajando um elmo alado e portando um martelo, o Portador da Carnificina. Thuor é tanto adorado quanto temido, pois protege os guerreiros em batalha, mas, quando irritado, devasta as terras com suas tempestades.
Thuor (inspirado, é claro, no Thor da mitologia nórdica)
Aina, a Inconstante (Caótica e Neutra)
A Dançarina, Senhora das Águas. Deusa dos mares, dos rios e dos lagos. Retratada como uma mulher de longos cabelos, trajando um vestido branco igualmente longo, com presilhas em formato de conchas nos cabelos. Assim como Thuor, é amada e temida. Os marinheiros e pescadores prestam homenagem a ela antes de sair às águas.
Domínio da Guerra
Túrin, o Justo (Leal e Neutro)
O Imparcial, o Lâmina Negra. Deus da justiça e da lealdade. Túrin era um herói mortal, que teve sua amada morta durante um ataque orc. Clamou por vingança e foi ouvido. Wayland, o Ferreiro, forjou-lhe a Vingadora Sagrada, uma espada imbuída com poder divino. Túrin conquistou sua vingança e, ao morrer, ascendeu a condição de deus. Clamado quando injustiças acontecem, Túrin é realmente imparcial, julgando e punindo todos os culpados. É o patrono dos paladinos que prestam o Voto da Vingança.
Túrin (inspirado no personagem Túrin Turambar, de Tolkien)
Valíria, a Protetora (Neutra)
A Deusa Guerreira, a Senhora dos Guardiões. Deusa da guerra e dos soldados, invocada nos campos de batalha e nas patrulhas pelos soldados. Retratada como uma amazona, portando lança e escudo, acredita-se que Valíria desce dos céus em busca das almas daqueles mortos em combate e que tenham provado seu valor.
Domínio da Vida
Albion, a Branca (Leal e Boa)
A Curandeira, a Piedosa. Retratada como uma velha senhora, sempre sorridente, a deusa da cura e da piedade é muito aclamada pelos enfermos e feridos. Muitas vezes vista como uma deusa inocente, até mesmo ingênua, Albion procura proteger a todos que precisam, não importando sua tendência ou intenção. Para ela, todos podem ser redimidos com uma segunda chance.
Elbereth, a Iluminada (Neutra e Boa)
A Dama Prateada, Senhora das Estrelas. É esposa de Elendil, deusa das estrelas e da lua, protetora dos elfos. Dizem que a prata são lágrimas da deusa caídas em uma batalha entre deuses e caídos, no início dos tempos. Ela é retratada como uma elfa de cabelos negros e pele clara, trajando um vestido azul, ornado de prata.
Elbereth (inspirada em Varda Elentári, do Tolkien)
Domínio da Enganação
Balder, o Bardo (Caótico e Bom)
O Deus Brincalhão, o Deus de Duas-Faces. Balder é o deus da música, da poesia e das festas. Também é adorado por contadores de histórias e pelos gnomos em geral. Embora não seja levado muito a sério, Balder já auxiliou os demais deuses inúmeras vezes e é o único além de Mithrandir capaz de traçar uma linha do tempo dos primórdios aos dias atuais, ainda que com algumas licenças poéticas.
Odara, a Donzela (Caótica e Neutra)
A Bela, a Intocada. Odara é a deusa do amor e dos amantes. Retratada como uma jovem donzela em vestes rosadas, é a mais bela das deusas e a mais cobiçada, embora jamais tenha rendido-se a nenhum pretendente. Sua diversão é espalhar o amor pelo mundo, às vezes agindo por impulso e outras tantas divertindo-se com as confusões causadas pelos sentimentos que provoca. Também é a patrona dos halflings.
Domínio da Morte
Bran, o Destino (Neutro)
O Inescapável, o Homem Pálido. Bran é o deus da morte natural, do destino final de todos os seres. Também é visto como deus da sorte, pois permite que muitos escapem e vivam por mais alguns anos. É retratado como um homem alto, pálido e com cabelos desgrenhados.
Bran (inspirado em Morpheus, do Neil Gaiman)
Hella, a Conselheira (Leal e Neutra)
A Guardiã do Além Vida, a Senhora do Pranto. Hella é esposa de Bran e aguarda nos portais do além vida para julgar as almas dos mortos, indicando para onde irão após a morte. Sempre é retratada como uma mulher jovem, de cabelos negros e de expressão severa.
Então, eis os novos deuses! Alguns podem estranhar a ausência de deuses malignos. Bom, em minhas campanhas, prefiro que os deuses sejam neutros, com alguns bondosos no meio. O outro lado da Força deixo a cargo dos caídos (demônios e diabos).
Por hoje era isso! Até breve, galera!