segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Diário de Campanha: Mesa Online - Old Dragon (3)

Olá galera! Aqui vai mais um diário de campanha da mesa online do blog. Na verdade são duas sessões que eu resolvi publicar de uma vez só. O fato marcante é que o Guilherme (que havia acabado de ter um personagem morto) conseguiu a façanha de deixar seu novo personagem em coma, rsrsrsrsrs.
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Recapitulando
Na última aventura relatada aqui no blog, nossos bravos heróis haviam descido à sepultura do finado clérigo Galius e descoberto o segredo que ele havia levado para a sepultura, e a causa de sua alma estar atormentada e presa ainda ao mundo material.

Os heróis haviam descoberto uma carta escondida no manto de Galius, em que o clérigo declarava seu amor por uma mulher chamada Miriam e pedia desculpas por um erro que havia cometido. No envelope havia o nome da cidade Parthceredir ao lado do nome da mulher.

Foi nesse momento que o halfling Akkar (personagem do Guilherme) declarara ser um adorador de Ûdun (o próprio capeta do cenário Bruntoll) e o clérigo anão Iantumal desceu o martelo no halfling, mandando-o direto para a presença de Ûdun (matando-o). Aqui começamos a sessão que agora relato.

Para onde vamos?
Cerdic e Iantumal saíram do sepulcro e relataram o que havia ocorrido ao mago Leonam e ao coveiro Hendel. O grupo então decidiu incinerar o corpo do halfling Akkar, a fim de que não voltasse à vida como um zumbi controlado por Ûdun. Tendo feito isso, todos foram à casa de Hendel, onde encontraram o mago Argalad (que era um PdM e virou o novo personagem do Guilherme) já acordado e plenamente recuperado do envenenamento que havia sofrido.

Após discutirem os fatos recentemente acontecidos, decidiram então rumar para Parthceredir no dia seguinte, a fim de entregar a carta de Galius para a mulher chamada Miriam.

A viajem para Parthceredir foi tranquila e sem nenhum incidente. Nossos heróis, ao chegarem na cidade, foram direto para o estábulo a fim de guardar seus animais, planejando então seguir para a estalagem.

No estábulo
Enquanto estavam no estábulo, um homem de cabelos crespos entrou no recinto e entregou seu cavalo aos cuidados do dono do lugar. Cerdic notou que aquele jovem tinha um rosto conhecido, mas não sabia dizer exatamente quem era, ou com quem se parecia.

Logo após esse jovem de cabelos crespos entrar no estábulo, três outros homens, muito mal encarados, também entraram lá e começaram a insultar o rapaz desconhecido, chamado-o de "bastardo" e "filho de uma bruxa".

Nesse momento o mago Argalad, interpretado pelo jogador Guilherme, ergueu-se no alto de seus 4 pontos de vida e gritou:

[Argalad] Cale-se! (Puxo meu bastão) Eu sou Argalad, e nunca mais irão desrespeitar este homem!

E aí o que se seguiu foi um combate de igual para igual, entre o mago e os três guerreiros arruaceiros. Por sorte o rapaz de cabelos crespos deu conta de um dos arruaceiros, e os amigos de Argalad (Cerdic, Leonam e Iantumal) deram jeito em outro. Argalad, entretanto, sofreu UM ataque e caiu em coma (-5 PV).

A carnificina só terminou quando alguns guardas da cidade entraram no estábulo e puseram fim à briga, levando todo mundo para uma conversa com Lotar, o chefe da guarda.

Negociando com o chefe da guarda
Ao chegarem no quartel, todos os arruaceiros foram levados à presença do chefe da guarda, que então interrogou os personagens, perguntando quem eram, de onde vinham e por que estavam bagunçando sua cidade. O cavaleiro Cerdic tentou interceder dizendo:

[Cerdic Bradford] Estamos de passagem pela cidade, o que ocorreu foi um desentendimento entre esses senhores e Argalard, que ignoraram meus apelos por solução pacífica, atacando sem dó. *Olha para os três capangas enquanto fala*

Como o mago Leonam era natural desta cidade, ele tomou a frente e falou:

[Leonam] Senhor Lotar, sou eu senhor, o aprendiz de Kelben, sou Leonam, estou usando esta máscara por causa das queimaduras do incêndio. (falo bem calmamente)

Ao mostrar as marcas das queimaduras (sofridas quando a torre de seu mestre, Kelben, fora incendiada), Lotar reconheceu Leonam e o diálogo foi mais ameno, e o chefe da guarda mandou que os três patifes (não os PJs, mas os arruaceiros que o mago Argalad havia desafiado) fossem presos. O chefe então questionou qual era o crime que "o bastardo, filho da bruxa" havia cometido. O rapaz então ergueu-se e respondeu furioso:

[Athos] Eu não sou um bastardo! E minha mãe não é uma BRUXA! Meu nome é Athos, e o senhor sabe muito bem disso, Lotar!

E o seguinte diálogo sucedeu:

[Leonam] Senhor, nosso companheiro elfo aqui, estava tentando defender este rapaz ai dos outros três.

[Lotar] Esse fracote quis defender Athos?! Bah!

[Leonam] Não conseguimos controlar ele senhor, pois tamanha era a injustiça que estavam fazendo, pergunte ao cavaleiro aqui, (aponto para cerdic)

[Cerdic Bradford] Estávamos chegando no estábulo para guardar os cavalos e carroças, quando esse rapaz chegou. Ele foi tratado como "Bastardo" por esses homens. Nosso amigo impetuoso não deteve sua língua, e acabou provocando um combate com os três homens, na tentativa de defender o rapaz.

[Lotar] Então os outros delinquentes chamaram este jovem de bastardo, e seu amigo quis defendê-lo?

[Cerdic Bradford] É, posso dizer que estavam perseguindo o jovem...Certamente ia acabar em sangue sem a intervenção de Argalad... *Olha fixo nos olhos do chefe, mostrando assim a vericidade de suas palavras*

[Lotar] Então o que vocês estão me dizendo é que tentaram defender este rapaz? Ele não fez nenhum mal a vocês?

[Cerdic Bradford] Não fez nenhum mal...Até ouso dizer que os "problemas" que ele causa são devido aos apelidos e segregações do povo, combinados com o ímpeto do jovem. Ele tentava esquivar-se de problemas enquanto os capangas o incomodavam.

[Leonam] Concordo com o cavaleiro senhor

[Athos] (Athos ergue a cabeça e olha para Cerdic de maneira curiosa e duvidosa, como se não acreditasse no que acabara de ouvir)

[Lotar] (Lotar olha para vocês, coça o bigode e diz) Bem, se vocês não vão fazer nenhuma acusação contra o rapaz, receio que tenha de liberá-los...

Após pagarem 6 peças de ouro como ressarcimento pelos danos causados ao estábulo, os personagens todos foram liberados.

E agora?
Cerdic então (rolou um teste) e percebeu que o rapaz chamado Athos era muito parecido com o clérigo Galius. Cerdic propôs ir atrás de Athos, pois desconfiava que ele pudesse ser um filho bastardo de Galius com a mulher chamada Miriam, para quem deviam entregar a carta do finado clérigo. Leonam acompanhou-o, enquanto Iantumal levou o mago Argalad, que ainda estava em coma, para ser tratado no templo da cidade.

Cerdic e Leonam seguiram o rapaz e o alcançaram às portas de um ferreiro, interpelando-o e perguntando se poderiam conversar por um momento.

[Athos] (ele olha desconfiado para vocês e diz) Olha, obrigado por terem me metido nessa confusão toda, mas agora acabou... eu não tenho assunto nenhum para tratar com vocês.

[Leonam] calma rapaz, so queremos conversar e perguntar uma coisa para você (falo meio ofegante por ter corrido) precisamos de uma pequena ajuda sua.

[Cerdic Bradford] Tem sim * O puxa pelo braço quando ele vai se afastando* Deixe de ser arrogante, e converse comigo como um homem.

[Leonam] (olho meio assustado com aquela situação e fico um pouco constrangido e digo) Pega leve cavaleiro, acabamos de sair do quartel não quero voltar para lá.

[Athos] (o rapaz puxa o braço) Já disse que não tenho assunto nenhum pra tratar com vocês!

[Cerdic Bradford] Conheci seu pai...E desejo saber o paradeiro de sua mãe. *sério* queria tratar desse assunto em outro lugar, não no meio da rua.



[Athos] (o rapaz arregala os olhos) o que você sabe sobre meu pai?!

Um lugar propício para uma conversa em particular
Tendo fisgado o peixe, Cerdic perguntou se haveria algum lugar onde poderiam conversar com mais privacidade, ao que Leonam (que já havia morado na cidade) respondeu:

[Leonam] Ok, acho que podemos conversar na praça mesmo, sem problemas, como ele disse em qualquer lugar estaremos sob olhares curiosos

[Mestre] (Leonam, você sabe que o ferreiro, lembrando que vocês estão na frente do estabelecimento dele, é meio surdo, rsrsrs)



[Leonam] (valeu mestre) Senhores podemos entrar aqui mesmo no estabelecimento do ferreiro, enquanto ele trabalha podemos falar (...) pois ele é meio surdo.

A conversa com Athos
Cerdic e Leonam conversaram com o rapaz, perguntando quem era sua mãe, a fim de terem certeza de que ele era filho de Galius e Miriam. O rapaz confirmou que sua mãe era Miriam, e Cerdic perguntou-lhe o que sabia sobre seu pai.

[Athos] Eu não sei muito sobre meu pai... só sei que ele deixou minha mãe quando ela estava grávida... eu nunca o conheci, mas quero encontrá-lo! Sabe onde eu posso vê-lo?

[Cerdic Bradford] Infelizmente...ele faleceu. Faz uma semana.

[Athos] (vocês veem que ele ficou muito consternado com a notícia. Ele senta novamente, coloca o rosto entre as mãos) Não pode ser! NÃO PODE SER!!!

[Leonam] (fico olhando para o cavaleiro esperando alguma reação dele)

[Cerdic Bradford] *Olha para Leonam, esperando alguma reação dele*

[Cerdic Bradford] (husahusah)

[Mestre] (rsrsrsrsrsrs)

Tendo dado uma notícia tão boa para Athos, Cerdic e Leonam explicaram ao rapaz que seu pai, Galius, havia escrito uma carta antes de morrer, que deveria ser entregue a Miriam. Perguntaram então se o rapaz poderia levá-los até sua mãe, a fim de entregarem a carta. 

O rapaz prontificou-se a levá-los até ela, no momento em que o clérigo Iantumal entrava na ferraria e anunciava que o mago Argalad estava sendo tratado no templo, mas que ficaria lá por mais uns dois dias, pelo menos.

O grupo então decidiu ir ao estábulo para pegarem suas montarias e acompanhar o jovem até a casa de sua mãe.

Cadê a estrada???
Já era o começo da noite quando partiram de Parthceredir, adentrando uma floresta próxima. Athos é um ranger que conhece a floresta como a palma de sua mão, e os PJs sofreram um pouquinho para acompanhá-lo. 

Felizmente sem nenhum incidente, algumas horas depois todos saíram em uma clareira no meio da mata, onde avistaram uma cabana de madeira e pedras. Ao se aproximarem, uma mulher de meia idade saiu de dentro da casa, e Athos anunciou que os homens que o acompanhavam eram convidados, e traziam algo para ela.

Athos então apresentou a mulher, dizendo que era sua mãe, Miriam. Ela então disse:

[Miriam] Se meu filho os trouxe até aqui, creio poder confiar em vocês. Por favor entrem, e deixem que meu filho cuide de suas montarias.

E aqui encerramos mais uma sessão da nossa mesa online. Como será que Miriam vai reagir quando receber a notícia da morte de Galius e a carta que o clérigo lhe havia endereçado? Não percam o próximo post com a continuação dessa aventura!
o ClérigoSo long and thanks for all the fish!

7 comentários:

  1. Cara,
    Essa sessão foi mais fala,nenhum combatizinho...
    Não fale dos meus 4PV'S DIVINOS!Invejoso...
    Não seria eu que iria mandar a sessão doa dia 10?

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  2. Mago de nível baixo é complicado... /:

    Mas a atitude de Argalad, desafiando três arruaceiros e partindo para o combate em honra a um desconhecido foi um grande ato de bravura.

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  3. hehehehe bravura? fala serio, ele devitar ter fritado eles, ter deixado eles com medo.

    mas a aventura ta ficando bacana, estou gostando pacas.

    estou louco para chegar sexta logo.

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  4. Eu não sei se foi bravura ou tolice, mas só voltaremos a ter combates quando o mago Argalad sair do coma, rsrsrsrsrs.

    Eu também estou gostando do desenrolar da história, acho que vai acabar ficando algo bem legal.

    E foi muito bom o Encaitar ter comentado, afinal ele vai entrar na mesa online a partir da próxima sexta, interpretando Athos, o filho de Miriam.

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  5. Eu sei que é sobre a aventura, mais...
    Por curiosidade, todos os blogs famosos tão adotando o Old Dragon para narrar, qual a vantagem do sistema? Principalmente em comparação ao D&D...

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  6. Até mesmo para o cavaleiro, defender alguém sem nem saber quem é é um ato quase insano. As acusações não são tiradas do nada, Athos poderia ser um assassino, ou mesmo algum traidor. Devíamos ter observado a seqÜência dos fatos, se a história partisse para um combate desleal, de 3 contra 1, eu tenho certeza que até mesmo Cerdic desembainnharia sua espada.
    As sessões estão ficando perfeitas, e vão continuar assim.
    Abraço pra todos.

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  7. @ Vitor: Quando estávamos organizando a nossa mesa online percebemos que nem todos tinham o mesmo background, ou os mesmos livros na estante.

    Resolvemos então utilizar um sistema que pudesse ser baixado por todos os jogadores, e ficamos entre o Mighty Blade e o Old Dragon, pois ambos são brasileiros e gratuitos.

    Como jogar numa mesa online era uma grande novidade, decidimos ficar com o Old Dragon, pois é mais similar ao AD&D/D&D que eu e a maioria dos outros jogadores já conheciam.

    Old Dragon é um remake de AD&D/D&D, reunindo o melhor de cada um. É um sistema muito simples, sem o monte de regras que há nas atuais versões de D&D. Eu diria que é uma espécie de First Quest melhorado.

    @ Felipe: valeu Felipe! É bom saber que vocês estão gostando das sessões. Mas devo adverti-los: logo logo o clima vai esquentar...

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