domingo, 20 de fevereiro de 2011

Virtude: Interagindo com o ambiente

Ae galera!
Depois de passar um tempo em Porto Alegre (procurando moradia e fazendo matrícula), estou de volta. Nesse agradável domingo vou aprofundar um pouco a questão de interação com o ambiente, dando e recebendo dicas. Boa leitura!


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Pensando em como começar e como organizar esse post, cheguei na conclusão de que a melhor forma de começar a explicar é separando a interação com o ambiente em dois momentos sempre presentes nas mesas de RPG: As partes interpretativas e o combate.

AS PARTES INTERPRETATIVAS:

Não quero dizer que o combate não é interpretativo, mas as "partes interpretativas" que me refiro são aqueles momentos (que jogadores menos experientes não gostam) em que o grupo não está em plena ação, ou seja, aqueles momentos que não tem combate : ) (curto e grosso).
Nesses momentos, em geral, a interação com o ambiente funciona para trazer mais realismo às situações vivenciadas pelos personagens.

Na famosa taverna! Muitas vezes esquecemos de perguntar ao mestre os detalhes do ambiente, ou mesmo o mestre esquece. Isso acaba nos fazendo uma imagem de taverna muito comum (parece que sempre estamos na mesma), isso prejudica o negócio. Os motivos que levam aventureiros às tavernas são repetitivos, e por isso esses momentos se tornam mecânicos demais.
 Para tornar a coisa um pouco mais especial e interpretativa, o jogador pode interagir com as pessoas da taverna (no caso de um ser carismático), pode recolher-se mais para o fundo do aposento, longe dos olhares curiosos, pode aproximar-se da lareira e sem contar dos inúmeros jogos que sempre ocorrem nesses ambientes (Arremesso de adagas, queda de braço, jogo de dados e etc.). Esses detalhes tornam a simples estadia uma boa oportunidade de aprimorar a personalidade de seu personagem!

Quando a situação não é na cidade, prestar atenção nos detalhes do ambiente ajudam. Um aventureiro cansado (depois de andar em marcha forçada por um dia inteiro) pode querer tirar as botas no momento de acampar, pode querer molhar os pés no riacho, tirar a armadura ou mesmo limpar o sangue de kobold de seu rosto. Prestar atenção no ambiente pode render alguns benefícios, no caso dos turnos de vigia, postar-se em uma árvore alta pode te dar uma visão privilegiada da região (e render uns bônus nos testes de observar, também).


O COMBATE:

No momento do combate o ambiente é de extrema importância, e pode, quando bem usado, evitar um fim trágico.
Se olharmos em qualquer filme, perceberemos que sempre que começa um tiroteio todo mundo procura uma cobertura, esperando o momento certo para atirar. No RPG não pode ser diferente. Além de uma cobertura provar ser um obstáculo para quem quer te acertar, ela é muito interpretativa. Por mais que o seu bárbaro seja um valentão com mais PVs do que ele mesmo pode contar, ele não sabe disso, e o instinto de sobrevivência sempre procura uma árvore próxima para evitar as flechas.

Da mesma forma, o personagem pode usar o ambiente ao seu favor quando ele ataca. Um empurrão de um penhasco pode acabar cedo um combate que prometia durar várias rodadas, um deslizamento proposital pode varrer metade da falange de robgoblins e, ao estilo 300 de esparta, encontrar um local onde você e seu grupo não possam ser flanqueados revela-se uma vantagem e tanto.


É isso aí galera, é sempre um prazer trocar informações com vocês. Até a próxima!
O CavaleiroFelipe Halfen Noll é o Cavaleiro, um apaixonado por fantasia medieval.Quando pequeno, seus olhos brilhavam quando nos desenhos presenciava atos de heroísmo e bravura. O gosto pela coisa nasceu com ele. Veio a conhecer os primeiros jogos de RPG quando tinha 8 anos (num sistema inventado pelo primo mais velho), e desde o momento, nunca mais largou o jogo.

7 comentários:

  1. entao vc esta morando em porto alegre? vamos combinar um one-shot de OD! (parece uma daquelas bebidas do desenho do picapau no velho oeste "Hey waiter! Give me one shot of old dragon!")

    verdade. e vou alem: a descrição do clima tb é importante pra auxiliar na narrativa. ja descrevi longas caminhadas na neve que faziam os jogadores comemorarem na mesa por acharem um abrigo! colocar "sensações humanas" como "dor" (de fome, de caminhar, de cabeça por causa do sol, ...), "enjoo" (pelo odor do monstro morto, pela sala recem aberta, pela falta de alimentação, etc) e outras sempre ajudam a dar um clima

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  2. Oba OD em Porto Alegre? Onde? Eu vou heim! =D

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  3. Aproveitem esse one-shot! Eu tb concordo: descrições são muito apropriadas em todas as situações. Nas mesas online aqui do blog (que logo devem ser retomadas) costumo pedir aos jogadores que narrem suas ações em combate, seja um sucesso ou um fracasso. Acho que é um bom começo para se utilizar os princípios de narrativa compartilhada.

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  4. opa! já temos um jogador! pra mim sabados de tarde é melhor. sabado dia 5 fica em cima do feriado, entao que tal dia 12?
    interessados me mandem um email para rafaelbeltrame@gmail.com (assim nao ficamos poluindo o topico do colega, hehehe)

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  5. 50% do combate está relacionado com o ambiente.

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  6. Quando me lembro sempre descrevo o ambiente, pena que algumas vezes os jogadores nao entendem muito bem as posiçoes e acaba par ter que parar a narração pra descrever, mas algumas vezes o cenário é tudo, quando numa missao de espionagem onde ninguempode servisto, a descriçaodo cenárioé essencial.
    XD

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  7. Mais um de Porto Alegre interessado em jogar aqui!

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