sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Comando para Jogar: Crise na mesa.

Boa sexta feira galera, hoje de volta com as reflexões na mesa de jogo com o Comando Para Jogar. Trago hoje algumas questões a respeito das crises que um grupo de RPG pode enfrentar.

Quando iniciei minhas aventuras com o RPG, o grupo era pequeno e o jogo era feito com brinquedinhos (lego, kinder ovo, pokémons do guaraná Antártica), era quase um jogo de faz de conta de qualquer criança, mas com as planilhas e os dados. Então veio o GURPS e o 3D&T. A gente se reunia na casa da minha vó, e jogávamos todo domingo à tarde (quando já jogávamos na mesa sem os brinquedos). Já nas férias jogávamos todo dia!

O auge foi quando compramos o D&D 3.5, parece que existia aquela sede de conquistar XP, jogávamos muito, algumas campanhas duraram mais de um ano, outra quase isso, e os mestres eram dois, bem quando o grupo aumentou um pouco e quase todos se arriscaram a mestrar.

Hoje, muito tempo depois, afirmamos que o grupo está em crise, o local da reunião grupo não é mais na casa da vó, mas na de um dos membros do grupo. Todo fim de semana a maioria do grupo se reúne lá e Não jogam RPG!

Aquele velho papo de colocar o assunto em dia antes do jogo parece se estender por todo o fim de semana, ou às vezes a atenção está nos jogos eletrônicos ou na televisão. Mas sempre alguém está disposto a jogar e outro disposto a mestrar, então todos vão pra mesa, mas no fim o jogo não flui. As aventuras sempre estão começando e nunca tem continuidade. No final das contas, de seis horas dedicadas ao jogo, duas são de jogo propriamente dito.

O que está acontecendo meu parceiro?

As hipóteses são muitas para um grupo entrar em crise, o que é triste principalmente em uma época tão produtiva do RPG no cenário nacional.

Primeiramente acredito que pelo fato de em tempos passados a gente ter jogado tanto, hoje nos parece pouco, o que pode até ser verdade, existiu um período em que a gente jogava todo dia, aproximadamente 6 horas por sessão, isso era demais até para os mais fanáticos. Por isso hoje sentimos a necessidade de jogar sempre que nos reunimos. Jogar ou mestrar por obrigação não é bom pra ninguém e com certeza não incentivará uma continuidade para a aventura.

Todo mestre tem alguma aventura inacabada no currículo.
As aventuras inacabadas são um ponto em especial. Todo mestre tem no currículo alguma aventura inacabada, mas quando se têm 20 ou 30 em um ano, podemos considerar que o grupo está com algum problema. Isso é culpa de quem? Ás vezes o mestre tem uma idéia muito boa de uma aventura com algumas sessões e tudo mais, o jogo está fluindo e então um jogador vem com uma idéia de aventura nova e pronto, acaba o foco na aventura principal e todos começam a se empolgar com a nova idéia. Os jogadores são sempre atraídos pelo novo, mas isso não quer dizer que a aventura atual esteja ruim, o que acaba por prejudicar o andamento dela.

Assim aos poucos a vontade dos jogadores vai se esvaindo, hoje em dia, mais velhos, todos tem mais coisas importantes para fazer, mas se gostam de RPG, não precisam para de vez. Acredito que se o grupo jogar com vontade e planejamento tudo pode se resolver. Talvez quando os problemas estão sérios demais o ideal é dar um tempo, isso já funcionou uma vez com meu grupo, que ficou 6 meses sem jogar devido a um castigo já citado em outro post. O que importa é que imagino um futuro repleto de RPG para todos do grupo e para todos os jogadores que já passaram por problemas como esse.

Até mais.
DruidaAlexandre Schwarzenegger é Rpgista desde 98, aficionado por fantasia medieval old school e da nova e toda estilizada também, está cursando História e pretende ser um pesquisador na área de educação com o RPG, atualmente fazendo sua monografia e criando seu cenário medieval.

5 comentários:

  1. O rpg as vezes deixa de ser um Hobby e vira mais uma desculpa para amigos se encontrarem, é mais um elo de ligação mesmo, amigos que iriam se encontrar bem menos caso não fosse a desculpa do rpg usam ele pra isso, socializar.

    Separa as coisas, dia de socializar é dia de socializar e dia de RPG é dia de RPG, por diversão, não obrigação.

    Bem, falar é fácil...

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    1. Leonardo Cruz, você tem razão. Muitas vezes nos reunimos apenas pelas amizades. Não porque estamos com vontade de jogar. O José Noce no RPGames Brasil vem falando um pouco de como organizar uma campanha nos dias de hoje (http://www.rpgamesbrasil.com.br/2014/06/vamos-por-ordem-nesta-bodega-parte-v.html).

      Talvez possa ser um solução!

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  2. Passei por isso á pouco tempo (se ainda não estiver passando), acho que tudo ja se resolveu as coisas estão melhores, mas está acontecendo isso de aparecer uma ideia de aventura dentro de uma outra aventura.

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  3. São fases , adaptações , como tudo na vida.Eu passei quase um ano distante do role play mas agora já faz alguns meses que estou a todo vapor e até produzo bastante material sobre o hobby no meu blog , "crossoverpg,o blog do mestre veterano."

    Uma dica.Saiam da mesmíce...mudem seus conceitos ...joguem com vilões ou cenários inusitados....isso pode reaquecer os animos

    sucesso decisivo a todos

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    1. Mestre Veterano, o problema é quando os jogadores não abrem mão de um sistema e nem animam a mestrar...

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