terça-feira, 9 de novembro de 2010

Diário de Campanha: Mesa Online - Old Dragon (8)


Continuando a descrição da saga que está se desenrolando em nossa mesa online, aqui vai o diário de campanha da última sexta-feira. Essa foi uma sessão interessante, pois de fato marcou a tão falada separação do grupo, que agora participa da mesma história mas em aventuras diferentes, uma na sexta e outra no sábado. Cada mesa está agora com quatro jogadores, e eu estou ficando maluco com tanta coisa para se pensar. Aproveite para ler as sessões anteriores:  parte 1parte 2parte 3parte 4, parte 5parte 6, parte 7

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Encontros e rencontros
Começamos a sessão com Argalad e Guespir na enfermaria do templo em Parthceredir, um dia depois da conversa que tiveram na última "aventura". Nesse instante Armil, o chefe dos clérigos, aproxima-se deles e diz que há dois homens querendo falar com Argalad. O mago então vê na entrada da enfermaria um anão barbudo e um meio-elfo esguio usando uma máscara. São seus amigos, Iantumal e Leonam, que entram na enfermaria e o cumprimentam.

Armil então vai até outro clérigo que o chama e cochicha algo em seu ouvido. Logo depois Armil volta para junto dos companheiros acompanhado por um... halfling muito gordo! Leonam olhou para o anão Iantumal e disse:

[Leonam] Controle seus sentimentos, não precisamos que você mate mais um halfling. (rindo baixo)

Iantumal restringiu-se a olhar para o halfling com desconfiança, relembrando o triste fim de Policarpo Quaresma Akkar, o servo de Ûdun, enquanto Armil anunciou-lhes que o pequenino estava a procura deles e então saiu da enfermaria.

Gwin Bonnaventura, o bardo
O pequenino chegou perto deles e foi recebido... digamos que calorosamente, rsrsrssr:
[Leonam] (dou uma tossida) Qual é seu nome halfling?
[Argalad] E por que nos procura?

O baixinho então se apresentou dizendo:
[Gwin] Saudações, caros viajantes! Meu nome é Gwin Bonnaventura, bardo das muitas letras e mensageiro. Procuro o aprendiz do mago da torre queimada, cujo nome eu perdi em minhas memórias...
[Leonam] Não o conheço, Bonnaventura, mas sou eu quem procuras.
[Gwin] Trago uma carta para você, do meu amigo Willard, o mago. Já ouviu falar dele?
[Leonam] (Um pouco desconfiado) Amigo seu? O mestre Willard não é de muitos amigos, mas se você diz.. E sim, já ouvi falar dele. Era o mago que treinou meu mestre, Kelben, o mago da torre queimada, que está desaparecido. Posso ver a carta?
[Gwin] Você disse Kelben? Pois é ele que estou procurando!


A carta
O halfling entregou a carta a Leonam, que a examinou e viu que estava lacrada com o selo do mago Willard. Abrindo-a com cuidado, ele descobriu apenas uma linha escrita, que dizia:

Siga Gwin. Ele vai levá-lo até mim. Willard.

Sem se demorar muito, Leonam perguntou a Argalad se já sentia pronto para pegar a estrada e disse que lhe explicaria depois o porque de precisarem se separar de Cerdic, Athos e Iantumal. Argalad disse que já se sentia melhor e poderia viajar, e Iantumal aproveitou para despedir-se deles e retornar para junto dos outros companheiros.

Leonam desconfiado
Apesar de acreditar que a carta vinha mesmo de Willard, Leonam não pareceu ficar muito feliz com a companhia do halfling Gwin e chamou-o para uma conversa em particular numa sala anexa à enfermaria. Lá o mago retirou sua máscara e mostrou ao pequenino as terríveis cicatrizes deixados pelo incêndio que quase o havia matado, em seguida dizendo:

[Leonam] Está vendo essas marcas, pequenino? Essa é a dor que você vai sentir se estiver mentindo para mim, pois farei com que você fique mais feio que isso e sentir mais dor do que isso me causou. Espero que tenha entendido o recado.
[Gwin] Qual seria meu propósito em mentir para você, meu amigo? Eu sou apenas um mensageiro e ainda tenho o meu pagamento a receber...
[Leonam] E quando ele lhe entregou esta carta?
[Gwin] Há três dias.
[Leonam] E para onde você deve nos guiar?
[Gwin] Vamos para uma torre a noroeste daqui. Willard está lá, mas dizem que a torre é assombrada...
[Leonam] OK, senhor Bonnaventura, vamos andando então e sem gracinhas, ou queimarei sua alma até chegar no mundo inferior...

Argalad faz um bom negócio
Enquanto Leonam e Gwin tinham esse papo entre amigos, Guespir ofereceu seus serviços de escolta a Argalad, dizendo-lhe que a estrada era muito perigosa e que ele poderia guiá-los em segurança. Sem muita negociação, fecharam o negócio em 5 moedas de ouro por dia, mais um cavalo e alimentação, para que Guespir os escoltasse e protegesse no caminho.

Terminadas as duas conversas, os quatro se reuniram e decidiram partir tão logo quanto possível. Enquanto discutiam a partida, Armil, o chefe dos clérigos, veio até eles e disse que Argalad e Guespir estariam liberados após o desjejum, que foi servido a todos.

Na estrada
Após alimentarem-se bem, os quatro compraram os mantimentos necessários para a viajem e partiram imediatamente rumo ao noroeste, em direção à torre onde Willard estava. A viajem foi tranquila e sem nenhum incidente (leia-se encontros aleatórios) a não ser quando cruzaram por alguns viajantes e comerciantes que não representaram perigo algum.

Durante todo o trajeto o mago Leonam não saiu de perto do halfling, visivelmente desconfiado do pequenino. Gwin percebeu o comportamento hostil de Leonam, mas não fez nem falou nada a respeito.

A torre
Dois dias depois os quatro aventureiros chegaram a uma pequena torre escondida em meio à árvores, próxima a um rio. Leonam percebeu que aquela era uma torre muito antiga e Argalad sentiu que um grande poder emanava dela. Gwin lembrou-se do momento em que Willard lhe entregara a carta e afirmara que, se não retornasse logo, seria transformado em um sapo. Guespir perguntou o que deveriam fazer.

Ao aproximarem-se da torre, Argalad percebeu que havia uma inscrição acima da porta, em élfico muito antigo, podendo ser traduzido como Torre do Conhecimento ou Torre da Sabedoria. E assim encerramos mais este capítulo das nossas crônicas, com nossos bravos aventureiros chegando à torre.
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Duas curiosidades sobre essa sessão: Bruno, que interpretaria Guespir, não pôde jogar por que o caminhão do lixo derrubou o fio da internet na rua dele, rsrsrsr. E o Júlio, que interpretou Gwin, na verdade jogou por telefone. Ele não conseguiu configurar o notebook para usar o Wi-Fi no escritório onde trabalha, então pediu ajuda para um amigo, que ia lendo as instruções pra ele por telefone, que então dizia ao amigo o que deveria digitar no rrpg. Isso é que é vontade de jogar RPG!
o ClérigoSo long and thanks for all the fish!

3 comentários:

  1. Haha, o Iantumal já desconfiado do halfling quando ele aparece (mas um bardo mensageiro que se diz amigo de um mago épico de "poucos amigos" é bem estranho mesmo...) ^^

    Haja vontade de jogar! Por telefone? Isso devia ir pro Guinness! :D

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  2. Eu também fiquei impressionado com o jeitinho brasileiro do Júlio para conseguir jogar. Acho que eu não teria tido essa disposição toda, rsrsrsrs.

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  3. O que importa é avançar o grupo XD, e vamos dizer que o Rpg merece esse esforço, mas que da trabalho dá viu...quase morri tentando explicar oque era pro bardo fazer!

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