terça-feira, 16 de novembro de 2010

Relato de Aventura: One-shot hack'n'slash


Ontem aproveitei o feriado para visitar um bom amigo e jogador de GURPS, e aproveitamos para jogar um hack’n’slash com os filhos dele. A aventura eu criei na hora, e até que ficou bem legal. Leia o relato e inspire-se para a sua próxima one-shot.
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Jogamos uma variação D&Dlike, apenas com atributos, no bom e velho estilo First Quest. Como não tinha levado nenhum livro (e meu amigo só tem GURPS, que eu não conheço ainda), improvisei um sistema de magia bem simples: eles tinham que tirar pontos de atributos para colocar em um elemento à sua escolha, caso quisessem usar magias.

Os personagens foram uma elfa ladina interpretada pela Melissa; um bárbaro com um machado, interpretado pelo Fabrício; um clérigo com poderes do elemento água, interpretado pelo Gabriel; e um mago com um chicote e com poderes do elemento fogo, interpretado pelo Benjamim.

O jogo foi bem rápido, então coloquei-os logo no clima dizendo que haviam sido contratados por um homem encapuzado (na taverna, é lógico) a fim de irem ao cemitério local, invadir o mausoléu de uma família nobre e trazer um colar que estava no pescoço do mais recente defunto: Willford.

Entrando no mausoléu, os personagens logo encontraram as escadarias que levavam ao andar inferior, sendo atacados por uma sombra antes do fim da descida. Com um certo sufoco (pois foram surpreendidos) eles deram conta da sombra e continuaram adiante, até chegar a um salão onde haviam 4 estátuas de guerreiros à sua direita e 4 estátuas de magos à sua esquerda.

Ao fim desse salão havia um grande escudo negro, com um enorme diamante nele encrustado. Sem demora os personagens foram em direção ao escudo e o retiraram da parede. O personagem que o pegou (o mago com o chicote, rsrsrs) sentiu que uma influência maligna provinha do artefato.

Nesse momento as estátuas dos guerreiros se abriram e de dentro delas saíram 4 esqueletos guerreiros, armados com espadas e escudos. Aí foi uma pancadaria só e a elfa quase morreu, mas foi curada pelo clérigo.

Enquanto descansavam um pouco a elfa resolveu investigar o local e descobriu que havia uma passagem bem no meio do salão, mas não conseguiu determinar o mecanismo que a abriria. Ao investigar as estátuas dos magos, contudo, ela percebeu que uma delas possuía um braço que funcionava como alavanca, e resolveu puxá-lo. Resultado: mais quatro esqueletos saíram de dentro das estátuas, desta vez esqueletos magos.

Dessa vez se não me engano foi o mago do grupo que caiu inconsciente, mas o bárbaro conseguiu arrebentar os esqueletos e o clérigo mais uma vez curou os amigos.

Ao continuar sua investigação, a elfa descobriu que dentro da estátua, cujo braço ela havia puxado, havia uma espécie de botão de pedra, que ela empurrou, abrindo assim a passagem que havia bem no centro do salão, revelando uma escadaria para outro nível abaixo.

A elfa foi de suma importância aqui, pois também notou uma armadilha nas escadarias e alertou os companheiros sobre ela. Quando chegaram ao novo salão encontraram um caixão, que logo foram abrir. Nesse meio tempo o mago havia entregado o escudo maligno ao bárbaro que, quando viu o colar no pescoço do defunto, perdeu o controle sobre suas ações, em decorrência de uma maldição no escudo, e passou a atacar seus companheiros.

Na briga que se seguiu o bárbaro matou a elfa e o mago antes de conseguir ser neutralizado e desfazer-se do escudo. O clérigo e o bárbaro então decidiram voltar para receber sua recompensa e deixaram seus amigos apodrecendo na tumba de Willford.

Acho que essa foi a primeira vez que eu mestrei totalmente despreparado, sem pensar em absolutamente nada antes do jogo, mas a diversão foi completa.
o ClérigoSo long and thanks for all the fish!

4 comentários:

  1. Olha, eram idades variadas: 9, 12, 14 e 15. Os três mais velhos já tinham jogada antes, mas o de 9 foi a primeira vez (e já morreu, rsrsrsrsrs). Mas foi muito legal e eles ficaram pedindo pra jogarmos de novo.

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  2. Gostei...
    E interessante que aventuras que você faz do nada pode sair muito melhor(ou pelo menos mais divertidas) do que uma que você fica preparando durante dois ou três dias ou até mesmo uma aventura pronta

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  3. Muito bom...
    Também mestro pra uma galerinha mais nova (13anos) e els se interessam rápido pelo RPG pegam o jeito mesmo...
    Se bobear querem jogar todos os dias!

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