segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Pergaminho: Monstros Únicos

Como usar o Livro dos Monstros ao máximo? Foi fazendo esta pergunta a mim mesmo que cheguei a uma conclusão óbvia, a qual muitos RPGistas, creio, alcançaram algum dia: usar TODOS os monstros lá contidos. Parece meio doido, mas pensando melhor...


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Qual é o objetivo de um guia de monstros? A resposta é óbvia: fornecer monstros para serem usados em aventuras. Mas do que adianta ter um livro com centenas de criaturas e não usar nem 10% delas? Fica mesmo difícil utilizar aqueles trocentos monstros pensando em como eles vivem em grupo, seus habitats/reinos, e criar toda uma cadeia alimentar/sociedade baseando-se em suposições que não são esclarecidas em detalhes nem mesmo nas suas descrições.

Para contornar esse problema, pode-se adotar uma solução simples: NÃO perder tempo inventando cadeias alimentares/sociedades e outras firulas, e tornar cada monstro único, colocando-o na aventura de uma forma que contribua 100% nela, e dando-lhe uma história própria. Isso irá multiplicar a diversão e a memorabilidade da aventura, pois haverá um dia em que os personagens estarão conversando e dirão: “Lembras daquele dia em que ficamos presos na toca DO troll? E de quando A ninfa veio pedir-nos ajuda para destruir O golem de ferro descontrolado que ela havia acordado acidentalmente no meio da floresta que protegia?”. Isso fará com que cada aventura e cada encontro seja algo para ser lembrado por muito tempo. 

Drácula, o mais lendário vampiro da história é um monstro
 que pode ser considerado único, pois no livro/filme
 não há centenas de vampiros populando o mundo afora,
 apenas um punhado, não mais que meia dúzia.

“Mas como eu faço um encontro com uma tojanida, um monstro tão inútil, ser memorável, afinal não devo usar todos os monstros do livro?” Bom, essa pergunta me pegou, mas tenho certeza de que dentre todas as ligações neuronais de nosso cérebro, uma delas permite fazer com que uma luta, ou uma aventura envolvendo a tojanida seja interessante: vai que ela é na verdade um/a nobre enfeitiçado/a por uma magia de transformação, e apenas está suplicando ajuda, e não atacando os personagens... e pode estar assim já há séculos ou milênios; seu reino desabou, as línguas evoluíram e sua fala “comum”, depois de voltar à forma humana, só é compreendida por eruditos nas tradições arcaicas. Ela terminaria por se ver em um tempo que não é seu. 

Quem achar a tojanida simpática, levanta a mão \o

Certo, viajei, e acabei criando uma idéia de aventura, mas é só para ilustrar que QUALQUER monstro pode ser único e ter uma história que incite os aventureiros a participar, mesmo que pareça implausível à primeira vista (conheço mestres que nem ameaçados de terem os miolos fritos por uma bola de fogo colocariam uma tojanida na aventura).

De qualquer forma, joguem como acharem melhor. Eu apenas dei o parecer de quem prefere mais história, mais epicidade e menos ciência. O que não quer dizer que seja impossível ter ambos.

9 comentários:

  1. É... para tornar qualquer coisa memorável ela tem que ser única. Mas deixem os dragões fora dessa afirmação, pois temos muitos problemas com aventureiros e muitos dos meus já morreram.:/

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  2. Acho que resumiste bem a idéia central do post apenas na primeira frase! ^^

    Ah, mas os dragões são até mais raros do que as outras criaturas (dependendo do lugar...), e acho que seria bem interessante, por exemplo, um mundo onde há só um dragão (talvez um avatar de um deus xD), seja ele bondoso ou maligno, que poderia ser o sábio Imperador (ao exemplo da China Antiga), ou uma fera assoladora (quase) invencível :D

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  3. Já dizia um político em pleno horário nobre: "Chega dos mesmos!"

    Portanto, viva a tojanida e outras raridades! =D

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  4. Cara, gostei mesmo do post. A mitologia grega está cheia de exemplos de monstros únicos, como o minotauro e a medusa.

    Só uma curiosidade, no cenário Terras de Shiang, só existiu UM dragão, chamado D'rask, que foi morto pela Armada e pela Cúpula durante a grande guerra contra os Lantros.

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Ah, Clérigo, eu não sabia, não tive a oportunidade de ler o Terras de Shiang ainda (D:...), a despeito de tão boas palavras faladas constantemente do cenário.

    Mestre Walla, grandes idéias aí nesse commentario! Parece que exagerei um pouco ao dizer que todos os monstros devam ser únicos... vivendo e aprendendo ^^

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  7. otima postagem.

    uma coisa q tenho q dar o braço a torcer no 3x é q ele reforçou (na minha opiniao) a individualidade de alguns monstros. tá certo q detesto tudo que é "monge", mas por exemplo, vc tinha um kobold monge, um orc guerreiro mais forte q os outros, um gigante xamã, etc.
    sei q isso ja tinha em outras edições, mas como eu disse, foi reforçado. (outra coisa, aquele nao é o dracula, é o conde orlok :P

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  8. deveriamos prestar mais atenção nessas ideias e detalhes de adptação para dar mais emoção as historias e realismo as batalhas como por exenplo o mestre poderia criar bancas de pedagio em alguns reinos para gerar mais historias de duques ou marqueses da burguesia gananciosos gerando despreso do povo e gerando assim ate canpanhas para abalar o trono de reis sociopactas
    PS: É SÓ UMA IDEIA DE INCREMENTAÇÃO.

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  9. Conde Orlok...? Agora eu vi, o nome dele é diferente mesmo... mas a história do filme (que eu adoro xD) é idêntica à do livro de Bram Stoker, por isso que confundi; valeu por notficar Rafael \o

    E, Auror, realmente histórias envolvendo barões/duques/marqueses/lordes de terra gananciosos e tiranos são muito interessantes ^^

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