quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Prontuário: Dissecando o WoD


Bem vindos a mais um dos nossos encontros esporádicos, nessa bela noite trataremos dos assuntos vampíricos, vendo e revendo certos conceitos do WoD.

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III Ato O Sangue:

Vampiros, seres imortais amaldiçoados, condenados a caçar e beber o sangue de suas vítimas trazendo a morte. Poderosos, influentes, manipuladores e pecaminosos. É essa a imagem inicial que muitos adquirem do mito vampírico, mas esquecem de um detalhe deveras importante, pois tais seres já foram humanos um dia e conservam eternamente muitas das características que definem “HUMANIDADE”.

Existem milhares de mitos que tentam explicar a origem dessas criaturas noturnas, e parece que todas são incertas. Essa incerteza é o tempero principal do mundo gótico contemporâneo que o “novo” livro quer que provemos.

Vampiro Réquiem, antes Vampiro a Máscara, muitos se perguntam: Porque esse nome?

A máscara definia a tradição do segredo que os vampiros mantinham para ficar invisíveis perante a humanidade (fato que garante a sobrevivência). E esse Réquiem o que define?


Pela definição do dicionário:

ré.qui.em
(Religião) missa especial por intenção da alma de um morto
(Música) música para essa missa

Mas para os vampiros Réquiem define a suas não vidas, a grande valsa predestinada que cada um dança nas noites, instigados pelos acordes metafóricos da música.

Entre as mudanças dignas de nota está a forma de organização dos vampiros, que agora fazem parte de uma “família” (temo que define a espécie vampírica como todo), é dividida em coalizões que por sua vez é composta por clãs. Os clãs são cinco (Mekhet, Nosferatu, Ventrue, Devas e Gangrel), Dentro das coalizões todos os membros pertencem a um ou outro desses clãs. Antes de abordar as coalizões veremos algumas características dos clãs: 


Mekhet: Rápidos discretos e sábios, chamados de sombras, é o clã mais cosmopolita dentre todos.

Nosferatu: Dissimulados, Fortes e apavorantes, também chamados de assombrações, são vampiros temidos até pela própria família.

Ventrue: Régios, imperiosos e aristocráticos, conhecidos como lordes, o clã dos magistrados de chicotes.

Devas: Emotivos, sensuais e desejáveis, de alcunha súcubos/Íncubos, maestros da sedução eles são o clã dos desejos.

Gangrel: Primitivos, intrépidos e selvagens, conhecidos por selvagens, esse é o clã de filósofos despreocupados e desapegados da sociedade.

Esses são os cinco clãs reconhecidos pela família, mas existem muitas outras linhagens que são abordadas nos suplementos.

As coalizões são como as nações, partidos políticos e até religiões dos vampiros, elas são fundamentadas por ideais, tradições e certos dogmas. São essas as engrenagens da família, elas definem credos e buscam, cada uma a seu modo, descobrir a verdade sobre os vampiros.

São elas:

Os Cartianos: Tentam reconciliar a sociedade da família com as estruturas governamentais e os sistemas sociais contemporâneos.

O Círculo da Anciã: Veneram uma série de personagens femininas, como se estas fossem um amalgama da criadora dos vampiros, a mãe de todos os monstros.

O Invictus: representam a aristocracia das noites.

A Lancea Sanctum: São os crentes de Longinus, tentam influenciar a sociedade vampírica com os dogmas de seu suposto criador, são os amaldiçoados pelo sangue de cristo.

Ordo Dracul: A ordem do mitológico príncipe Dracul, são os conhecedores dos segredos místicos do sangue e seus rituais, tais artifícios permitem que membros transcenderem a condição vampírica. 


As coalizões geram atritos que dão origem as tramas e histórias que podem ser vividas pelos personagens, mas todas elas são regradas por três tradições ancestrais: A máscara, progênie e amaranto, que resumem as antigas seis tradições de Caim.

A humanidade é a balança da moralidade que os vampiros seguem, ela estipula a fronteira entre a razão e os instintos.

O livro traz inúmeros detalhes que seriam impossíveis resumir nessas poucas linhas que me restam, mas espero ter contribuído no ato de aguçar a curiosidade de vocês. Vale lembrar que a White Wolf  lançou um manual que traz todas as regras para adaptar os antigos vampiros em seu novo sistema. Sem mais delongas, encerro essa dissecação agradecendo os e-mails a atenção dos comentaristas e leitores.


“Eis a chave para evitar o mal-estar da eternidade. Deixe cada noite, cada nota, se destacar no contexto do Réquiem no qual sua vida se transformou”.
- Charlotte Gaudibert – Aequitas fatalis.
Dr. NosferatuDr. Nosferatu é um medico RPleGista que foi abraçado há muito tempo. Adora revelar os mistérios sombrios do mundo das trevas e tem sempre muitas informações para trocar, quem sabe por favores: é voce quem decide!

15 comentários:

  1. Eu concordo com a postura do doutor. Deixando as ideias antigas de lado e olhando com olhos de algo novo, não tem como não surpreender-se com as novas ideias.

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  2. A verdadeira beleza está contida nos olhos de quem vê.

    Mais uma vez agradeço a atenção de todos.

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  3. O Antigo MdT era ótimo para época em que foi feito. RAPIDO, DIRETO e com um MEGAPLOT.

    Assim como o D&D 3.X trouxe liberdade, o mesmo ocorreu com o NWoD. Você não está mais preso a um cenário imutável e totalmente dissecado.

    Uma vez que joguei o Requiem, nunca mais conseguir imaginar Vampiro A Mascara sem as coalizões.

    E é praticamente impossivel jogar com o Storyteller depois q se conhece o Storytelling. (Sistema criado em 2004 e até hoje sem necessidade de revisão)

    Sou fã da White Wolf rs

    Até mais Bucaneiro.

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  4. Ahhh, eu tenho esse livro, na versão importada ainda; comprei por APENAS R$ 5,00 num sebo da minha cidade (acreditem se quiserem), mas ainda não li... Acho que logo vou fazer isso, pra treinar um pouquinho minhas (parcas) habilidades com a língua da Bretanha :D

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  5. Eu ainda mal comecei a me aventurar pelo Old World of Darkness huauahua.

    Mas o Réquiem é a próxima vítima.

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  6. Mas que vampiro inoportuno este! Agora resolveu de toda semana postar seus amaldiçoados prontuários neste sacro-blog! E nem me pediu permissão!

    Mas devo admitir que até eu estou começando a gostar do que escreves. Até começo a acreditar que vampiros poderiam ser redimidos (no caso de falha em um teste de turn Undead, rsrsrs)

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  7. Seus poderes não me afetam caro sacerdote, Pois eu tenho mais ardis do que sonha sua filosofia.

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  8. Mas que petulância deste infeliz Nosferatu! Certamente tu tens algum comparsa dentre a equipe deste blog, pois toda vez que te excluo da lista de autores, teu nome retorna durante as madrugadas.

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  9. Tenho meus contatos no mundo da informática, e vejo que plantei a dúvida em seu íntimo...como planejado.

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  10. Vai rolar expulsão adicional?
    KkkkkkkKKKKKkkkkkkkkkkkkkKKKkkk

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  11. Caro doutor, seria por acaso um de seus contatos um adepto da virtualidade?

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  12. Quando eu descobrir quem é seu contato, Dr. Nosferatu, ambos serão expulsos sem mais delongas...

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