sexta-feira, 18 de março de 2011

Baforada: RPG Old School

Tenho visto muitas discussões sobre o RPG Old School, alguns tentam definir e esclarecer, outros criticam dizendo que isso não existe e que é apenas um "rótulo", com esses escritos vou tentar explicar meu ponto de vista sobre o assunto.

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 RPG Old School:

Primeiramente quero esclarecer que RPG Old School não está vinculado a um sistema de regas ou um cenário,  o Old School é só uma forma de se jogar RPG onde o jogador não fica preso as regras, ou seja ele prioriza a interpretação não tendo que fazer testes para todas suas ações (você diz o que pretende fazer ao mestre e faz). Além disso, para mim, o Old school é aquele jeito mais simples de jogar RPG, onde os personagens não possuem uma penca de poderes, onde o desafio é o mais importante, onde a magia é respeitada e temida, onde adquirir XP é suado e recompensador. Acredito que RPG Old School prioriza a aventura e todos os seus desafios com simplicidade e sem exageros.


Quanto  a questão de ser um "rótulo", digo o seguinte: Cada um tem preferências e gostos diferentes de se jogar RPG, cada um conheceu e experimenta o RPG de uma forma única, se existir respeito entre essas diferenças e claro entre as pessoas, um nome que se dá a algo como "Old School" não vai ser um rótulo.
Já joguei todo tipo de sistema, ambientação e temática e com essa experiência defini o que gosto e o que não gosto. O que gosto exerço e procuro, o que não gosto deixo de lado, mas respeito a opinião daquele que gosta. E pronto.

 
Velho ou novo. Fazemos parte da mesma coisa do mesmo mundo.









Acho terrível que possa haver algum tipo de discriminação dentro de um passa-tempo tão legal, pois já existe discriminação de todas as formas e tamanhos em nossa sociedade, não quero que exista isso também no universo RPGístico. Vamos respeitar as diferentes formas de se divertir e jogar RPG.

Essa é a minha opinião e não é minha intenção ofender ou prejudicar ninguém.

Por Red Dragon "Humanos...seres estranhos"
Red DragonRed Dragon, um dragão que estranhamente joga RPG desde que saiu do ovo, adora tudo relacionado aos cenários de fantasia, mestre rodado em vários sistemas, fã incondicional de Tolkien. Mora em um vulcão onde tenta entender os seres humanos.

20 comentários:

  1. red, eu so acrescento uma coisa:

    acho q o sistema influencia,mas nao define.

    explico: vc tem um sistema q todas as açoes sociais estao em tabelas, para serem compradas.

    agora, vc tem um sistema q diz algo tipo "açoes sociais devem ser interpretadas, e o mestre da um bonus ou penalidade de acordo com o resultado".

    (nao falo de sistemas existentes,é um exemplo ficticio).

    entao, se vc gosta de interpretar, pq iria comprar um sistema q nao interpreta apenas para ter q modifica-lo?

    claro, aqui entram outros fatores, como o resto das regras, ambientação, etc.

    mas é por isso q acho os retroclones e seus familiares muito felizes em suas propostas: eles acabam adaptando as regras sem perder a essencia.


    otima postagem

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  2. Sinceramente acho esses conceitos de Old school e new School um tanto bobos...sei lá, as pessoas dizem q D&D é Old School, mas pela definição q vc deu Storyteller tbm seria (tbm dá ênfase a interpretação).
    Na real, não faz muita diferença...

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  3. Mas é isso mesmo que eu disse, o sistema não é vinculado ao que é oldschool, é a forma de jogar.

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  4. O termo está fortemente ligado ao e D&D pq ele foi o primeiro RPG publicado. E com regras simples sem listas de perícias e dezenas de habilidades, os jogadores tinham que se virar.

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  5. Para mim, Old School é dobrar a esquina e dar de cara com um Dragão Vermelho Ancião, logo no primeiro nível. New School é usar uma fórmula para definir qual seria o nível de desafio próprio para um determinado grupo.

    Sobre o sistema ser Old ou New School, eu acho que tem diferenças sim, como o Beltrame falou.

    Na verdade, eu acho o seguinte: Old School é D&D primeira edição: o negócio é entrar na dungeon, matar, pilhar e destruir.

    Depois disso acredito que haja um Middle-Age School, que veio com GURPS e AD&D, que buscavam explorar novas regras e situações além-masmorra.

    Após o que tivemos o verdadeiro New School, com Vampire encabeçando, trazendo o conceito da interpretação acima de tudo.

    E, mais recentemente, teríamos o Video-Game School, uma tentativa de aproximar os RPGs de mesa dos RPGs virtuais que, na minha opinião, começou com os Feats em D&D 3.

    E aí vcs vão me perguntar: tá, tio Clérigo, mas qual é o melhor?

    E então vou ter que responder: aquele que você mais gosta de jogar, caro peregrino.

    No meu caso, eu prefiro o Middle-Age e o New School como descrevi acima, já que considero o Old School muito board game, e o Video-Game School muito enfadonho.

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  6. Old School é aquele RPG no qual se um jogador decide fazer algo inesperado o mestre decide como será a jogada. Old School tem muita improvisação, não é que nem os novos RPGs com "zilhões" de regras, atributos, habilidades, disciplinas, talentos, magias, modificadores, ataque de surpresa, ataque especial, assim e "assado", casos particulares etc. Dificilmente alguém consegue conhecer todos os detalhes e em alguns casos a dinâmica do jogo fica extremamente afetada ( o jogo fica lento, principalmente quando ocorre combate). O Old School não tem uma infinidade de regras, cobre apenas os testes gerais e caso o jogador resolva fazer algo inesperado o mestre tem que se virar.
    É isso.

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  7. OLD, Middle ou New, o importante é jogar e se divertir.

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  8. Detesto admitir, mas concordo com o Dr. Nosferatu...

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  9. Gostei muito de vossa baforada, nobre Dragão! De fato, é muito triste quando vemos jogadores discutindo acirradamente sobre sistemas ou formas de jogar tentando impor seu gosto um ao outro. O que importa é se divertir e respeitar o gosto alheio!

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  10. Este comentário foi removido pelo autor.

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  11. O negócio é só jogar o que cada um gosta, e do jeito que gosta, mesmo, barreiras, divisões e fronteiras, aonde quer que estejam, existem só pra complicar as coisas :)

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  12. muito bom .
    acho que vou por um dragão na esquina que nem o clerigo falou .kkkk

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  13. falando em Dragão, vcs acreditam que nunca tive um personagem que enfrentasse um dragão?

    Pois é, levei uns 3 anos para que meu clérigo chegasse em nível 5, e a única vez que demos de cara com um dragão, todo mundo fugiu, rsrsrsrs. Isso é old school, kkkkkkkk.

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  14. Não seja por isso!
    AAAAARRRRGGGGGGGGG!!!! Quem invade meu território e perturba meu sono!? Um misero clérigo?! prepare-se para sentir minha IRA!!

    Rola a iniciativa!!.......perdeu.
    Rola reflexos pq la vai FOGO!!
    KKKKKKKKKKKKKKKKkkkkkk.

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  15. PARA TUDO!!!!!! Eu coloco o Dr. Nosfa na minha frente, rsrsrsrs.

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  16. Não existe RPG old school, existe RPGista criativo que não depende da sorte dos dados pra tudo e mestre que aceita resolver tudo com uma boa idéia unida com uma boa descrição do que o PJ fez...

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  17. Certa vez li uma aventura pronta feita por um brasileiro que jogava nos aúreos tempos do AD&D, esquema bem old school: O grupo de aventureiros na taverna deve falar com o "velho" da taverna e aceitar a missão dele, caso o grupo não aceite, ao sairem da taverna eles dão de cara com um dragão vermelho ancião que os torra sem dó nem piedade. OBS: Quero vê eles recusarem mais alguma missão!

    Agora voltando pro papo sério: Se divertindo, jogue o que achar melhor.
    Apesar de old school não ser minha praia, tenho os livros de Mighty Blade e Old Dragon, gostei dos dois, sendo o MB mais pra iniciantes e OD é pra cascas-grossa.
    Eu jogo mais D&D 4ª edição e meu grupo curte mais essa linha moderna.
    Concordo com o Tio Nitro quando diz que a escolavéia o mestre tinha que improvisar porque existia muita falha nas regras. Vou dá um exemplo, o XP deve ser dado a um jogador que interpreta bem ou aos bônus que ele tiver em perícias/atributos ?
    Pense na cena:
    Jogador 1 é praticamente um ator amador muito bom, articulado e bem socialvel, e carismático. Ele transfere isso pros seus personagens no RPG, como ele dá um show na mesa de interpretação na mesa, ele sempre se dá bem em contatos sociais no jogo ( negociação, paquera, persuação, etc ...), o mestre sempre o recompensa com muito XP, porém ele gera ciúmes nos jogadores que não possuem toda essa personalidade na vida real.
    jogador 2 é tímido, retraído, mas é muito inteligente , só tem o problema que ele não consegue transferir pro personagem dele o que ele pensa, ele fica travado por ser tímido e não conseguir fazer um show teatral como o jogador 1. Quando ele faz cenas sociais ele sempre se ferra.
    Moral da história: Os jogadores mais aptos e teatrais se dão bem, os tímido se dão mal.
    O mestre julga seu personagem pela personalidade do jogador e não do personagem em si.

    Num sistema que use números tipo perícias para relações sociais, a sorte dos dados determina o sucesso e não a teatralidade de um jogador versus tímidez de outro jogador.

    Podemos vê duas situações considerando um sistema de perícias sociais: o jogador 1 investe em poucas pontos nestas perícias, pois o mestre valoriza a interpretação e não os pontos de perícia, logo como é um jogador mais teatral e articulado se dá bem, independente do valor dos dados.
    O jogador tímido mesmo tendo pontos de perícias altos em áreas socias se dará mal, mesmo tirando dados altos, pois irá interpretar ruim, por ser tímido e não articulado.

    Isso é um paradoxo!!!!!

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  18. Você quer matar, pilhar e destruir? Você pode. Você quer resolver tudo na interpretação? Você pode. Eu acredito que cada mesa tem que dar uma experimentada em coisas diferentes para ver o que é legal para eles ou não. Eu mesmo tenho testado umas coisas diferentes com meu grupo e está sendo legal pacas.

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  19. Caro anônimo, tenho que discordar de uma coisa: XP por interpretação, pelo menos na minha mesa, não tem nada a ver com o que você falou.

    Se um jogador me diz, antes de começar o jogo, que seu personagem é expansivo, falador e carismático, mas na mesa interpreta um cara taciturno, fechado e tímido, aí eu não dou xp mesmo.

    Contudo, se o mesmo jogador tivesse me dito que seu personagem seria anti-social, eu o teria recompensado pela interpretação, independente de ser tímido ou teatral.

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  20. eu concordo com o Clérigo!

    A interpretação tem que ser coerente com as perícias, habilidades e mesmo o background que vc passou pro mestre.

    Se vc acha que é tímido e não vai conseguir interpretar um personagem extrovertido, como um bardo, ou mesmo falante como o paladino, não seja um troll!!!! Escolha um ladino discreto ou um ranger fechadão até que vc se sinta mais a vontade na mesa (muitas vezes o grupo se forma por conveniência e nem todos são íntimos uns dos outros).
    Após uma certa convivência com o "ator amador" citado, além da intimidade com o sistema/personagem e outros jogadores, vc vai se sentir seguro de trilhar personalidades bem distintas da sua tão bem como pessoas que são naturalmente desinibidas!

    Xero!

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