terça-feira, 25 de outubro de 2011

Um dia vou jogar: A Batalha do Apocalipse RPG

Olá caros leitores, trago hoje na sessão Um dia vou jogar, este livro de RPG que se ampara no romance chamado A Batalha do Apocalipse- Da queda dos anjos ao crepúsculo do mundo de Eduardo Spohr. Um jogo sobre Anjos e Demônios e porque não mortais na luta eterna pelo controle e poder.


Lançado em 2010 por meio de uma iniciativa independente do autor e de seus amigos do site Jovem Nerd, o Romance esgotou rapidamente todos os exemplares nas primeiras edições até que foi publicado nacionalmente, tendo grande sucesso de vendas e crítica, o romance merece uma resenha única, por isso vamos direto ao RPG. Eduardo Spohr consegue adaptar para RPG toda a mitologia criada em seu romance de forma fluída onde se pode perceber aquele toque de um jogador - que é- na obra.

Contexto do Jogo

Para a criação da Terra, Deus criou de sua própria glória cinco criaturas de Luz, os cinco arcanjos, os mais próximos do criador. Os arcanjos tinham funções específicas cabendo a Miguel, o primeiro, cuidar do céu e da terra enquanto Javeh se ausentaria até que chegasse o dia do Juízo final.

Mas milhares de anos após a criação do homem, os arcanjos começaram a ter certa inveja dos homens, pois estes tinham alma e livre arbítrio, por isso começaram a destruir a humanidade com hecatombes e eras glaciais, acusando a humanidade de fugir dos propósitos que Deus deu a eles. Civilizações antediluvianas inteiras foram destruídas, mas mesmo assim a raça humana sobreviveu. Nesse período ocorreram também as Guerras Etérias, onde os arcanjos ordenaram a perseguição e destruição de todos os deuses terrenos, seres que um dia foram humanos, mas devido à devoção extrema ascendem a um posto de imortais, vivendo para sempre no plano Etério.

 O primeiro arcanjo a se rebelar foi Lúcifer, a Estrela da Manhã, que reuniu um exercito de anjos e poderosos aliados para tomar o lugar de Miguel, sendo derrotado e expulso para o que hoje os mortais chamam de Inferno.

Ablon, o General a tomar partido pela causa Humana.
Outro Arcanjo  se tornou contra a destruição da humanidade foi Gabriel, devido ao fato de ter se apaixonado por aquela espécie em uma de suas viagens a terra. Iniciando o maior conflito que os sete céus já enfrentaram, uma guerra que perdura infinitamente em um campo de batalha no céu e com inclusões de pequenas missões na terra.

O livro obviamente incentiva os jogadores a jogarem com Anjos ou Demônios, mas também apresenta como jogar com humanos, e seria muito difícil uma aventura com mais de um tipo entre esses três no grupo.

A criação de personagens apresenta as castas de Anjos e de Demônios, a Casta é a essência principal de um alado, pois apresenta sua função na criação, diferentemente dos mortais que tem uma opção sobre o que fazer de sua vida. Elas são:

Anjos

Querubins, os Guerreiros. Serafins, os Governantes (no céu). Elohin, os Principados (antigos governantes dos mortais). Ofanins, os Tronos (anjos da guarda). Hashmalim, os Dominações (que mais odeiam os mortais). Ishim, os Potestades (controladores da natureza). Malakim, os Virtudes (estudiosos).

Uma importante diferença é que qualquer alma mortal, maléfica o bastante para ir para o inferno pode se tornar um demônio, já as almas boas vivem eternamente em um local do céu isolado dos outros anjos, mantendo sua essência terrestre.

Demônios

Satanis, os Aristocratas. Zanathus, as Salamandras. Malikis, os Combatentes. Succubus/Inccubus, os Sedutores. Baal, os Manipuladores. Beliais, os Negociantes. Daimonium, os Possuidores.

Cada casta conta com poderes e fraquezas únicas, sendo elas sempre de acordo com as funções de origem de sua casta, como o de um Querubim de nunca recuar a uma batalha, ou dos Daimonium de não conseguir materializar um corpo no mundo material, sendo necessário possuir um corpo mortal.
Outros aspectos do personagem influenciam sua personalidade, são os signos (que são os astros). Os anjos estão organizados em ciclos, de hierarquia, que vão do um ao sete, sendo o primeiro conhecido como Haled, e o sétimo e inacessível, o nível dos Arcanjos.

O sistema é Simples e abrangente, uma mescla de D20 com Storyteller (isso mesmo!) onde o jogador distribui pontos entre atributos, habilidades e características (as ruins dão pontos). Para as jogadas, se junta um atributo com uma habilidade e rola-se o D20, um 15 ou menos é sempre uma falha, aí quanto maior o número uma tabelinha indica a qualidade do acerto. Para o combate, o atributo agilidade do inimigo reduz os pontos do atacante funcionando como a CA do D20.

O restante do livro explica todos os outros conceitos, como Aura, o poder dos seres celestiais e infernais, as Divindades, poderes únicos, um capítulo destinado ao Combate, um para armas e equipamentos, a apresentação da realidade e dos planos, assim como o poder do tecido da realidade (uma camada que cobre os centros humanos e impedem a proliferação dos poderes divinos).
Capa da primeira edição do romance, da NerdBooks, hoje rara,

Por que quero jogar ABdA RPG?

Porque simpatizei muito com a mitologia criada nos Romances da saga e vi tudo convertido em jogo de RPG, com aquele toque de especialidades de cada casta, assim como as classes do RPG medieval, com os poderes e fraquezas dos RPGs de Horror e um background consistente e rico de aventuras.

Acho que falei muito sobre um livro que nem joguei, mas esse é o objetivo do post não é? Então quem quiser conhecer, o livro está na edição 0.2 e pode ser baixado aqui no blog do autor: Aqui.

E o segundo Romance também já foi lançado neste mundo criado por Eduardo Spohr, Filhos do Éden- Herdeiros de Atlântida (que estou lendo). Quem sabe, tenhamos uma resenha de um dos romances. Ou uma aventura futura.
DruidaAlexandre Schwarzenegger é Rpgista desde 98, aficionado por fantasia medieval old school e da nova e toda estilizada também, está cursando História e pretende ser um pesquisador na área de educação com o RPG, atualmente fazendo sua monografia e criando seu cenário medieval.

3 comentários:

  1. A batalha do Apocalipse foi um dos melhores livros que já li. Uma história com uma mescla de varios conceitos de varias religiões.

    Um jogo de RPG baseado no livro tem tudo para ser sensacional, tendo em vista que a mitologia da série é fantástica.

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  2. Ja li filhos do eden... é de chorar no final :l. Logo com meu personagem favorito -_-

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