sábado, 12 de fevereiro de 2011

Aleatório: tudo tem que ser sempre do mesmo jeito?


Quatro jogadores. Um guerreiro, um clérigo, um mago e um ladrão. Eles embarcam em uma jornada épica salvando reinos e por fim o mundo de um (insira vilão aqui). Tudo muito legal, tudo lindo, mas também clichê. Não que clichês sejam ruins (se funcionam para você ótimo), mas será que tudo precisa ser sempre igual?
____________________________________________________________

Na boa monolos, sei que cada mesa é um jogo diferente, que cada grupo tem suas particularidades. Mas muita gente ainda faz questão de se prender a certos modelos, como se fossem as escrituras sagradas do RPG sacramentadas e eternas. Pior ainda é quando a pessoa alem de não desapegar de sua visão restrita do RPG é um advogado de regra que fica disparando frases como "você não pode fazer isso porque não te o talento x" "você não pode simplesmente fazer a medusa olhar o próprio reflexo, você tem que dar espadadas até tirar todos os PV".

Da minha parte pelo menos se eu vou consumir um produto de entretenimento, um filme, livro, game, RPG ou seja lá o que for eu vou atrás justamente disso: entretenimento e diversão. Eu não vou jogar RPG pra ficar discutindo por meia hora toda vez que alguém discorda de alguma coisa na mecânica do jogo. Se tem um regra atrapalhando a diversão do pessoal eu (como mestre) passo por cima e pronto, problema resolvido.

A unidade COBRA de metal gear solid 3. Pessoas com habilidades distintas unidadas por um propósito em comum. Parece familiar para você?

Sou a favor da mistureba, sou a favor de pegar influencias de vários lados e fazer algo novo. Gosto de tormenta (menos os minotauros, na minha opinião tudo que é relativo a eles é meio sem nexo e forçado), gosto de vilões que não são magos fodões, gosto de heróis com defeitos e falhas de caráter (Gatts, Vegita, Ikki de fênix, Wolverine...). Nas minhas aventuras já rolou muita coisa doida; centauro ninja, bardo que não sabia tocar nem cantar (nem fazer nada artístico, mas atirava bem pra baralho), orc muito mais inteligente que o mago, paladino dizendo que "o mal sempre vence as trevas", ladino se recusando a roubar os pertences de um inimigo morto e por aí vai. Aposto que tem gente lendo e pensando que isso é um sacrilégio, que não pode, pois vou dizer algo. A gente se divertiu horrores nessas aventuras meio doidas, demos risadas pra valer e nos emocionamos. E muitas vezes simplesmente jogamos o sistema fora e fomos na base da narração mesmo.

Que tal fazer coisas diferentes? Que tal se os PJs forem membros de um grupo mercenário? Que tal se eles forem piratas? Que tal uma campanha em mundo sem magia? Que tal uma campanha somente com conjuradores? Que tal jogar na pré-história? Que tal jogar uma campanha ambientada no mundo dos mortos? Putz hoje em dia nos temos infinitas opções de sistemas, temáticas e cenários. E você ainda pode criar o seu próprio! Que tal largar um pouco sua espada e seu cajado e apanhar uma escopeta/sabre de luz/clava/necronomicon ou qualquer outra coisa e explorar novos horizontes junto de seus amigos?
Hiago AzuredHiago Azured, Roleplayer 4/Powergamer 1; tendência:??? FOR 8, DES 12, CONS 10 INT 17, SAB 9, CAR 15 Além de rpgista é metaleiro, DeMolay, nerd, otaku e agnóstico. Costuma chamar as pessoas de "manolo", tem leve tendência a falar de forma exagerada, joga todo e qualquer cenário/sistema que aparecer em sua frente. Por algum motivo considera a amizade verdadeira uma forma superior de amor. Anime favorito: BERSERK. Mora no Acre e é criador do Crônicas do Nerd Perdido.

17 comentários:

  1. concordo e discordo ;)

    concordo pq sou a favor de mudanças. um amigo jogou certa vez com um druida q detestava animais (era defensor das arvores e plantas), e foi muito engraçado.

    o problema de personagens "com defeitos" é ter q cuidar para que eles nao se tornem individualistas. ja tive um jogador q fez um pc q era tipo "ah, seus vermes inuteis", e nao preciso dizer q dai nenhum pc queria interagir com ele.

    acho q certos pontos deveria ser mantidos. vamos pegar o exemplo do bardo: pra mim, o bardo atraves de sua arte, conta historias e inspira as pessoas.
    ele poderia ser um mimico, ou ter um teatro de fantoches, ena hora de tocar a musica inspiradora, poderia ser um bongô.


    enfim, se o mestre estiver de acordo, e ele achar q nao interfere na estrutura da historia, acho q o player tem q fazer algo que lhe agrade, mesmo q de uma "viajada"

    ResponderExcluir
  2. É legal variar o cardápio, no D&D as classes deixam os personagens meio esteriotipados é claro que da para fugir disso criando uma personalidade diferente. Mas se vc quer ter mais experiências jogue com outros sistemas e cenários, pois ai sim a coisa muda completamente.

    ResponderExcluir
  3. Eu concordo em variar, variedade torna as coisas bem mais divertidas, mas algumas coisas devem ficar claras...conceitos existem para deixar as coisas mais claras! daí mantê-los.
    Por exemplo: esse bardo ai que "não tinha nenhum dom artístico, mas atirava bem pra baralho" simplesmente NÃO ERA UM BARDO pois isso contraria a definição básica de bardo, que é um artista.
    Mas se o jogador se divertiu jogando com esse ATIRADOR tudo bem...nada de errado com isso, só não pode chama-lo de BARDO.

    ResponderExcluir
  4. Walla, eu só mato personagem que faz por merecer, heheh.

    nas minhas mesas, a conversa pós jogo é obrigatoria. logo apos essa sessao, ficou claro para o jogador q ele teria q mudar a interpretação do Pc ou fazer um novo

    ResponderExcluir
  5. vou dar um exemplo na minha campanha, ok?

    o jogador fez um pc q era um "lobo solitario".
    muito bem interpretado, por sinal.

    como ele nao conseguia interagir com os outros, o jogador pediu para trocar de pc, e foi simples assim:
    "o fulano de tal achou q iria se virar melhor sem a companhia de vcs". e assim ele saiu do grupo.

    o novo pc estava na cidade mais proxima.

    ResponderExcluir
  6. Eu estou lendo um livro muito bom, chamado Pillars of the Earth (acho que não foi traduzido) que conta uma saga medieval na europa de 1200. Adivinhem quem é o personagem principal: um pedreiro! Isso é que eu chamo mudança de paradigma.

    ResponderExcluir
  7. Um linha interessante mas meio desconhecida do mundo das trevas são alguns livros que te dão todo o suporte para você jogar com os "capangas" das crituras principais. Joagar como um carniçal (vampiro) ou um parente (lobisomem) deve ser uma expênriencia bem louca. Principalmente se você nunca jogou no mundo das trevas antes.

    E vejo que encorajei uma discussão saudável aqui.

    MISSION COMPLETE.

    ResponderExcluir
  8. Haaa.. os carniçais! eles são ótimos fantoches, mas se vcs quiserem sentir na pele o que é ser um carniçal...acho que eu posso dar uma ajuda.

    ResponderExcluir
  9. "centauro ninja, bardo que não sabia tocar nem cantar (nem fazer nada artístico, mas atirava bem pra baralho), orc muito mais inteligente que o mago, paladino dizendo que "o mal sempre vence as trevas""

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Essa do centauro ninja me lembrou uma piada de um antigo grupo, de como seria a voadora de um centauro nija... muito bom, muito bom...

    Em relação ao tema do post em questão, gosto de as vezes fugir da mecanica das coisas, mas não sou a favor de mudanças tão bruscas como o citado centauro acima (rs)...

    para mostrar uma coisa fora do comum, vejam a mesa que eu mestro hj:
    6 jogadores:
    - um semi-gigante guerreiro
    - uma ninja
    - uma felina guerreira magica
    - um lupo ranger
    - um felino lutador marcial
    - um minotauro necromante
    alem do NPC (um anão mercenário)... o grande detalhe é que há tempos meus jogaodres tendem a fazer o personagem que lhes dá na telha, e não algo padrão pq o grupo precisa....

    ResponderExcluir
  10. Muito bom seu post cara! Odeio jogadores discutindo regras... geralmente o pessoal se diverte quando eu narro, magos nívle 1 com magia de nível bem mais alto, guerreiros que parecem invencíveis, tudo pela diversão que é o objetivo neh :D

    ResponderExcluir
  11. Aí galera, sabe o que aconteceu ontem? Fomos jogar uma nova campanha, só que eu esqueci completamente de levar os dados para a casa do Marcos (onde iríamos jogar). Daí fomos assim mesmo, só na interpretação. Isso não funciona para todo mundo mas para o meu grupo pelo menos é muito louco. Principalmente porque estávamos a meses sem jogar e todo mundo empolgado. Foi uma das melhores sessões que já jogamos.

    ResponderExcluir
  12. Possuindo bom senso, os dados podem ser dispensados =D

    ResponderExcluir
  13. ai pessoal entrem no novo livor do Hiago (para quem não me conhece eu sou um dos jogadores de RPG quem é o mestre? o Hiago)o nome do sistema é Genelic 2d6 eu acho que é esse nome, vamos ver em que vai da.

    ResponderExcluir
  14. opps é generic 2d6 (mil descupa)

    ResponderExcluir
  15. o link:http://www.4shared.com/document/ky7IkxNQ/generic_2d6_RPG.htm

    ResponderExcluir

Seja um comentarista, mas não um troll! Comentários com palavrões ou linguagem depreciativa serão deletados.