segunda-feira, 4 de abril de 2011

Que monstro sou eu?




Cá estou em minha primeira postagem no blog do Clérigo (e superamigos). Vale lembrar que esta seção não visa ser um desafio para ver quem adivinha o monstro (apesar de ser divertido!), mas sim auxiliar os Mestres com descrições dos monstros, tornando assim o clima da aventura mais emocionante!
Como pretendo escrever várias vezes nessa seção, pensei em algo para não “esgotar” meus npcs: simplesmente criarei um grupo, e os usarei em todos os exemplos! É provável que eles sofram bastante, sendo mastigados, desintegrados, petrificados e derretidos, mas ninguém disse que a vida de um aventureiro é fácil.
Sem mais delongas, vamos lá!
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*CLICK
Com o som singular do segredo do cadeado sendo descoberto, Collins sorri mais para si do que para o grupo.
“Há! Eu falei que conseguia!” –diz o gatuno, guardando uma série de equipamentos de volta ao estojo.Gwar balança nervosamente sua espada.
“Vamos logo com isso”, diz o bárbaro. “Não temos tempo a perder. Quanto antes sairmos desta catacumba infernal e pegarmos o tesouro, melhor!”. O resto do grupo concorda com um movimento simultâneo de suas cabeças. De uma forma ou de outra, a chama do archote que a maga Sandara carregava estava quase se extinguindo, e mesmo que todos fossem capazes de enxergar no escudo, não era prudente ficar ausente de luz num local como esse!
Collins abre a porta lentamente, afirmando não haver perigo. Gwar entra na frente, iluminado pela luz do archote, e começa vasculhar com os olhos a sala.
“Cuidado, pode haver alg...AAH!”
O bárbaro se assusta, emitindo um som que preferia ter guardado para si mesmo. Sentado em um trono ao centro da sala, um homem alto, com aproximadamente 2,5m, levanta-se vagarosamente. A fraca luz mostra um rosto deformado, com a pele podre e descamada. Seus trajes simples estão num estado muito melhor do que ele mesmo, e lentamente, se levanta emitindo um grunhido baixo e gutural.
O clérigo Dhamion grita para todos:
“Afastem-se! Usarei os poderes divinos de Urthor, o Supremo!”
Dando um passo a frente, o idoso sacerdote levanta seu medalhão sagrado, invocando a graça de seu deus. Para sua surpresa, a criatura continua avançando com passos duros, espalhando seu odor pungente de carniça pelo aposento. O bárbaro se adianta, dando um golpe certeiro com sua massiva espada no ombro da criatura, e apesar de cortar fundo a carne, não parece causar efeito nenhum! Collins imagina que tal criatura não tenha um “ponto vital”, e ao invés de esgueirar-se pelas costas, lhe arremessa um frasco de óleo, gritando para Sandara arremessar a tocha.
Com um movimento em arco, a tocha percorre a distância entre a maga e a criatura, incendiando monstro. Contudo, a vil criatura não emite nenhum som de dor, respondendo com fortes socos contra o rosto do bárbaro, que pinta o solo com o sangue de seu nariz.
“Criatura nefasta, não escaparás de minha arma sagrada!”- diz Dhamion, acertando o peito do monstro com seu martelo encantado. A criatura estremece machucada pelo impacto, e desfere um soco no velho clérigo quase lhe quebrando o ombro.
Apenas levemente ferida, a criatura em chamas parte vagarosamente com as duas mãos para cima do sacerdote, quando Sandara ordena que todos saiam do caminho. Acostumados com a força destrutiva da maga, todos correm para fora da sala, incluindo Dhamion. Entoando palavras arcanas e gesticulando símbolos esquecidos, Sandara invoca um poderoso relâmpago, iluminando a sala brevemente com faíscas. A magia atinge o peito da criatura num clarão de luz e os heróis começam a celebrar vitória, quando percebem que não apenas o monstro não sofrera dano algum, como o fogo havia se apagado e ele parecia tão saudável como no início do combate!
Gwar fecha rapidamente a porta da sala, e o grupo decide que é melhor fugir e voltar outro dia.
Talvez com alguns ajudantes.
Rafael BeltrameRafael Beltrame adora estudar a história do D&D (nos tempos da TSR) e ler módulos dos anos 70-80. Blogueiro compulsivo, trabalha em muitos projetos ao mesmo tempo e não se adapta muito bem às mudanças no campo da informática. Gostaria de morar na Village of Hommlet.

13 comentários:

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  2. Acho que é um nosferatu de 4ª geração.

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  3. Pois é, também acho que é um golem de carne. Quer dizer: humanóide, lento, não fala, possui a pele apodrecida mas não é morto-vivo, não pode ser esconjurado, não possui armas, não sofre dano e ainda cagou pro relâmpago... Só pode ser esse bicho rsrs.

    Vou com a opinião do Mestre Walla.

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  4. Também aposto no golem de carne... e a ideia de eles estarem numa catacumba e golens serem muito usados como guardiões...
    Não sou muito bom em descrever monstros oralmente geralmente desenho e mostro aos jogadores o que eles veem...

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  5. Ou é um golem de carne, ou o Super-Lich chuck norris... ^^

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  6. Eu também voto em golem. O post ficou muito bom.

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  7. O nome dele é tropeço, e as catacumbas são o porão da mansão Adams.
    Hahaha
    Realmente, jamais enfrentei esse monstro, e sou contra ficar decorando o livro dos monstros...
    O golem de carne parece uma boa opção!
    Saudações!

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  8. Seja o que for, ele é fortinho... oO

    Só sei que a opção de zumbi, primeira que surgiu na minha cabeça, se dissipou rapidinho depois de ler até o final /:

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  9. Então, como o Encaitar falou, no início acho que todo mundo pensa que é zumbi, por causa da descrição. E acho que esse é o maior propósito dessa seção: mostrar que as descrições dos monstros podem tornar a aventura mais interessante.

    Por causa dessa primeira impressão, os jogadores tomaram a decisão de agira contra um zumbi, tentando expulsá-lo e depois tacar fogo e relâmpago. Já imaginaram como teria sido se o mestre simplesmente tivesse dito "vocês veem um golem de carne se levantado do trono".

    Se fosse assim, os jogadores não teriam tido a oportunidade de testar e errar, e o jogo teria perdido boa parte da graça.

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  10. é isso ai, clerigo. realmente, é um golem de carne. o fogo apenas deixa ele mais lento, e o relampago na realidade, lhe dá pontos de vida.

    segunda feira tem mais ;D

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