Antes de se começar qualquer jogo de RPG, os jogadores passam por aquele processo que todos conhecemos: a escolha dos personagens.
O que estou para discutir agora são os critérios utilizados na escolha e as conseqüências do processo.
____________________________________________________________
Muitos jogadores, por imposição do grupo ou preocupação com o sucesso da campanha, acabam por fazer personagens que não querem. Isso é o que eu chamo de dinâmica do "Grupo Perfeito", onde os jogadores fazem personagens para "fechar o grupo", deixando sua própria diversão em segundo plano.
Não é rara a ocasião em que um jogador deixa de fazer seu bárbaro para fazer um clérigo, martirizando-se simplesmente porque o grupo não tem ninguém que cura. Essa decisão (ou imposoção) pode acarretar na falta de interpretação e de dedicação, problemas que tornam o jogo menos divertido e até estressante (principalmente pro mestre).
Nem sempre tive essa mentalidade liberal. Para mim, principalmente no D&D, um grupo tinha que ter um ladino, alguém para bater, alguém para curar e algum mago louco para fazer fogos de artifício, esse era o grupo perfeito e inbatível, que estaria preparado pra tudo. A experiência na área me ensinou que o grupo perfeito é aquele em que cada um faz o personagem que achar mais legal e estiver mais "pilhado" para interpretar.
Por isso,mestre, inove. Não torça o nariz para um grupo que não é "balançeado", sempre podemos adaptar as aventuras. Num grupo sem ladinos, um guerreiro poderia quebrar o baú do tesouro, num grupo sem clérigos ou druidas, as poções seriam algo freqüentemente encontrado.
Enfim, o que vale é a diversão!
Enfim, o que vale é a diversão!
Felipe Halfen Noll é o Cavaleiro, um apaixonado por fantasia medieval.Quando pequeno, seus olhos brilhavam quando nos desenhos presenciava atos de heroísmo e bravura. O gosto pela coisa nasceu com ele. Veio a conhecer os primeiros jogos de RPG quando tinha 8 anos (num sistema inventado pelo primo mais velho), e desde o momento, nunca mais largou o jogo. |
Lemvra do nosso grupo de quinta jogando Fortaleza no Pendor das Sombras.Uma mesa de 4ed (essa não era escolaveia^^)em que tinhamos praticamente Agressores (Strikers) e defensores e era muito divertido - Depois de um tempo o Shamã (o único que não fazia nenhuma destas duas funções) ficou cada vez mais lider e entrou um clérigo e o grupo acbou se equilibrando naturalmente. Porém a experiencia de um grupo "porradeiro" foi divertidissima, e não sacrificou o role play. Ainda estamos aguardando a visita de nosso paladino(que agora é NPC multiclasse com bardo e continua cantando as elfas nas tavernas alheias)
ResponderExcluirBom post, com a imaginação infinita porque se limitar a personagens esterotipados né? Por que sempre um guerreiro, ladino, clérigo e mago? Meus jogos são sempre diferentes assim, eu encaro mais as aventuras como capítulos de livros. Então a galera nem preocupa com sistemas e mais interpretação, acho isso muito importante.
ResponderExcluirBem, esse é um dos mottivo que não gosto muito de classes.
ResponderExcluirMas de qualquer maneira acho que narradores e jogares têm que trabalhar juntos na concepção do personagem.
Eu odeio Jogador que tem seu "personagem pronto". Antes mesmo de você dizer como será o jogo ele já esta com seu guerreiro ponto. Ele sabe os combos ideiais.
O que ele faz com isso? Apenas joga com o mesmo personagem em jogos diferentes. É como se vc usa-se o Kratos em qualquer jogo. Imagine ele no Final Fanstsy (sim...ia ser divertido)
Nossa, é mto difícil conseguir fugir da "síndrome do grupo perfeito" rss Mas realmente seria até mais divertido um grupo com certos desfalques... Assim o mestre poderia explorar essa vulnerabilidade a fim de aumentar o desafio... Belo post.
ResponderExcluirVeja só um grupo lendário: Drizzt (ranger massavéio), Bruenor (guerreiro), Wulfgar (bárbaro), Régis (barrigudo incompetente) e Cattiebrie (sei lá o quê) - E DEU CERTO. rsrsrsrs
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirÉ isso aí mesmo, quebrar os paradigmas e cada um usar o personagem que quer. E, SE o grupo encontrar um desafio que os personagens considerem impossível, de acordo com suas habilidades, vale lembrar que sempre podem pedir ajuda ao arquimago da cidade, ao chefe da guilda de ladrões, ao velho druida que vive no meio do mato, etc (bom, dar algo em troca da ajuda desses personagens seria algo meio complicado, mas nada é impossível xD).
ResponderExcluirPost muito bom, e muito válido.
ResponderExcluirSão as aventuras que devem se adaptar aos personagens, e não os personagens que devem se preparar para qualquer tipo de aventura. E também concordo com o Rafaelkain, jogadores deveriam jogar com o máximo de personagens diferentes (e jogos diferentes) possíveis. Não adianta dizer que "eu gosto desse personagem" se nunca joga com outros.
Gostei da matéia, mesmo que seja sempre bom ter um grupo equilibrado, as vezes nem rola né.
ResponderExcluirXD
O grupo perfeito não precisa ser formado apenas de personagens dos jogadores. Um grupo inteligente pode contratar talentos que o grupo não tenha. NPCs não são apenas para dar informações, são também para ajudar na aventura!
ResponderExcluirUm NPC bem utilizado serve não só pra suprir os talentos necessários ao cumprimento da missão mas tb eh uma boa oportunidade para que o mestre possa participar mais da aventura. Pode ser tb um importante fio condutor para a história.
ResponderExcluirlembrando que sempre da pra tentar contratar npcs, ne?
ResponderExcluirMuito bom seu post de estréia, Felipe! Eu tb acho que cada jogador deve escolher o personagem que estiver mais disposto a interpretar. Quando jogo (coisa rara) já não vou com a cara do mestre se ele olha pra mim e diz: tá faltando um sei-lá-o-quê no grupo...
ResponderExcluirCada sistema tem um aspecto de modelagem. Não é possível definir um grupo perfeito se você não limitar o escopo. Um grupo perfeito para uma aventura em um cemitério é 50% paladinos 50% clerigos da maior bondade possivel. Mas este grupo não é efetivo para sobreviver em uma selva com aberrações!
ResponderExcluirQuero dizer que não existe um grupo padrão perfeito. Cada sistema e cada aventura tem um padrão. Eu não preocupo com isto! Mas sempre existem NPCs - como foi citado por outros comentaristas - para servir como auxiliares, guilda de mercenários estão aí no mundo não é atoa. Rs...
Obrigado pelos comentários galera!
ResponderExcluirSempre é bom provar de diferentes pontos de vista. O que presenciamos no blog tem influência na mesa, com certeza.
Um abraço a todos!
Cara, sou acostumado a entrar em grupos já formados e normalmente com algum tempo de aventura. Sempre sofro essa imposição do "grupo perfeito"... Mas uma das coisas que sempre me ajuda é gostar de jogar com as classes "B", Ladinos, Bárbaros, Paladinos e Druidas(esse mesmo) são minhas classes favoritas e normalmente as que sempre sobram... principalmente pq me divirto muito com um Bárbaro e Ladinos e é um desafio(sempre) jogar com Paladinos... Isso ajuda, mas muitas vezes tenho que jogar com uma classe que não gostaria naquele momento para satisfazer ou agradar o grupo novo. Ou seja, um bom trabalho do mestre também ajuda, principalmente no caso que citei, um novato no grupo antigo.
ResponderExcluirUma vez deixei o pessoal escolher classes que queriam jogar sem saber o que os outros estavam usando. Acabei com 3 guerreiros e um multiclass de guerreiro com alguma coisa que também era melee.
ResponderExcluirO grupo não durou mto tempo i.i
Acho que um grupo com algum equilibrio é essencial, mas nao precisa ser grupo perfeito pra ter um jogo legal. como citaram antes, dá pra complementar com NPC.
bjo, até!