Comando Para Jogar: Fail

Quando seu personagem faz algo completamente idiota. Ou como uma “boa idéia” tem um resultado totalmente desastroso.

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Hoje venho tratar de algo que inevitavelmente acontece ou ainda vai acontecer pelo menos uma vez com qualquer jogador de RPG, a total falha em uma ação, resultando em uma cena desastrosa e vergonhosa. Essa falha pode significar uma perda total do objetivo do grupo, ou apenas um momento muito embaraçoso. Em alguns (muitos) casos essa falha nem chega a acontecer de verdade, é apenas imaginada por um ou outro jogador que não perde a chance de inventar a situação.

Alguns tipos de falhas acontecem quando um jogador não compreende corretamente a descrição do mestre, ou o mestre mesmo é confuso na hora de apresentar isso ao jogador, enfim, quando um bêbado se torna um sanguinário guerreiro em uma briga de taverna, ou quando uma vala se transforma em um penhasco, são situações que podem ter resultados devastadores dependendo do nível de sadismo do mestre. Uma aventura de GURPS se inicia com um campeonato valendo uma armadura completa e brilhante, meu personagem deu o golpe fatal na tal armadura que se encontrava animada e ganhou o premio, mesmo que o grupo todo tenha lutado, eu me senti o melhor de todos. Mais tarde, sobrevoando a paisagem sobre grifos, tínhamos que pousar, e decidi dar um rasante e saltar em um córrego (porque, não me perguntem) aí que houve o mal entendido citado anteriormente, e o córrego na verdade era um rio profundo com uma correnteza fortíssima. Resultado: em GURPS, sem a perícia natação e com uma armadura pesada, não se sai do fundo da água, tive que retirar peça por peça, para que não morresse afogado, subi vergonhosamente e fiquei sem armadura que foi arrastada pela correnteza. Foram tantas risadas que foi difícil continuar o jogo naquele dia. Sempre me perguntei por que fui saltar do grifo e também nunca deixei o mestre esquecer-se do córrego que virou rio.

Algumas coisas como essa geram muita diversão, mas se incomodar demais um jogador, geralmente a graça acaba para ele, por isso essa chacota deve ser feita com muito cuidado para que todos se divirtam. 

Quando o jogador se cansou de jogar com seu elfo, e decidiu entregar ele nas mãos do mestre para começar com outro personagem, o mestre sádico não perdeu a oportunidade e como todos os personagens estavam sobre arvores atacando um grupo de goblins à distância, o elfo eventualmente caiu da arvore e foi assassinado por um goblin, foi muito engraçado para todos, menos para o jogador que jogava com o elfo, que ficou conhecido como “Urik Litsbangenstain, o que morreu para goblins”.

Agora as situações em potencial que são apenas imaginadas permeiam todas as seções que participo, e são engraçadas a ponto de tirarem qualquer clima proposto, podendo tornar uma aventura um pouco mais séria em chacota. O exemplo que me vêm à cabeça foi quando em uma aventura de Vampiro, um Brujah decidiu que ia quebrar a Máscara, por que motivos não se sabe, e então ao perguntarem como, um jogador rapidamente disse que ele iria a uma praça pública lotada, ia erguer um carro e chacoalhar de um lado para outro gritando com uma voz de líder de torcida “Eu sou um vampiro! Eu sou um vampiro!”. A gargalhada foi geral, e infelizmente toda vez que jogamos vampiro e a máscara é citada, a cena vem na cabeça de todos e com certeza corta um pouco do clima da aventura.

Esses foram alguns exemplos de escolhas erradas, mal entendidos ou mesmo hipóteses que podem dar um ar engraçado na mesa de RPG, mas pode também tirar o proposto clima da aventura.

Alexandre Schwarzenegger é Rpgista desde 98, aficionado por fantasia medieval old school e da nova e toda estilizada também, está cursando História e pretende ser um pesquisador na área de educação com o RPG, atualmente fazendo sua monografia e criando seu cenário medieval.