Resenha- Fiasco

O mundo está cheio de reclamações. E a verdade é, nada vem com garantias. Agora, não estou nem aí se você é o Papa, o Presidente dos Estados  ou o Homem do Ano; alguma coisa sempre pode dar errado.

Visser, Gosto de Sangue

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Bom dia, uma ótima terça pra vocês, aqui é o Schwarzenegger e trago hoje mais uma resenha, de uma de minhas ultimas aquisições, Fiasco, um RPG diferente de tudo que já foi lançado no Brasil, escrito por Jason Morningstar e publicado pela Retropunk Publicações

Porque Fiasco é diferente? Talvez pelo fato de simplesmente não existir mestre no jogo. Mas pera aí Schwarzenegger, como não tem mestre? Bem por isso é tão diferente, respondendo a essa pergunta, muito por cima, os outros jogadores fazem uma espécie de mestre enquanto um jogador está turnando. Mas calma, é um pouco mais elaborado que isso, mas nem por isso complicado.

A primeira parte do livro explica que Fiasco é baseado naqueles filmes, em que um pequenos golpes deram desastrosamente errados, como Bravura Indômita, ou o nacional O Homem que copiava.

Vou tentar dar explicação resumida do sistema, primeiro, acho que o livro não deve funcionar bem com grupos iniciantes, pois o desenvolvimento depende apenas dos jogadores. Cada jogador tem 4 D6, sendo dois brancos e dois pretos, ou dois que qualquer cor e dois de outra, sendo uma cor boa e outra ruim. No inicio do jogo todos rolam todos os dados juntos. E começam as preparações do jogo criando e ambientando seus personagens, isso é feito seguindo a tabela apresentada pelo cenario. Um jogador seleciona um dado rolado, um 2 por exemplo e decide que o personagem terá a Necessidade de Acertar as contas ( um objetivo correspondente ao 2 na tabela) e com essa seleção envolvendo Relações, Necessidades, Locações e Objetos, todos os jogadores estarão construidos, e eles obrigatoriamente terão alguma ligação entre eles, mas no jogo é quase impossivel não existir essa ligação.

No turno do jogador, que deverá buscar seus objetivos, ele decidirá se vai propor uma cena , ou irá decidí-la, seja como for, os outros jogadores farão o papel da escolha que sobrar. Quem decidir, irá gastar um dado, positivo, ou negativo para finalizar a ação e esse dado ficará com o jogador da vez.

Quando metade dos dados são gastos ocorre uma Virada, algo mais desastroso do que os desastres em potencial que os jogadores poderiam vir a ter, após o fim dos dados ( dos 4 iniciais) ocorre uma conclusão, onde se analiza cada dado que os jogadores receberam, e isso vai decidir o que acontece com cada jogador.

Complicado?  parece, mas o jogo é todo embasado no cenário, esse vem com todas as opções necessárias, então fica mais fluido do que parece, e um tanto divertido.  O livro vem com 3 cenários e já existem outros sendo distribuídos na Internet.

Minha opinião é que eu quero muito jogar a primeira aventura, ele apresenta uma lista de filmes referencias, e um visual bacana que não foge da proposta, quem sabe não posto um relato de meu primeiro Fiasco.

O livro é muito divertido de ler, cheio de citações de filmes, e outros tantos palavrões que fazem jus a classificação para maiores de 18 anos.

Alexandre Schwarzenegger é Rpgista desde 98, aficionado por fantasia medieval old school e da nova e toda estilizada também, está cursando História e pretende ser um pesquisador na área de educação com o RPG, atualmente fazendo sua monografia e criando seu cenário medieval.