domingo, 4 de setembro de 2011

Virtude: Interpretando a magia



As Virtudes voltam! Justamente na semana da magia, o Cavaleiro reinaugura seu "espaço" aqui no blog.
Hoje dando algumas idéias para deixar a magia no seu RPG algo mais real, interpretativo e emocionante.
Não esqueça de comentar, seu "pitaco" honra a Ordem do RPG.



Independente da classe do seu personagem, qualquer sessão de RPG fica mais interessante quando crivada de interpretação. A interpretação fora do combate é algo comum, mas muitas vezes esquecemos dela no momento do quebra pau.
O guerreiro apenas "ataca", e o mago apenas "lança uma bola de fogo", deixando toda a graça apenas para os númeors e nos distanciando das raízes do jogo.
Como um mestre e jogador que não atura o "eu vou atacar", eu trago algumas dicas, hoje direcionadas exclusivamente para as magias.
(Lembro que usarei como base o sistema do D&D 3.5, não que isso vá interferir demais na leitura de fãs de outros sistemas)

COMPONENTES MATERIAIS E FOCO:
Chuta que é macumba!

Componentes Materiais e Focos são objetos usados para canalisar as magias. A diferença entre os dois é que o Componente Material é consumido durante a conjuração da magia e o Foco não, podendo ser usado novamente para o mesmo fim.
O que há de especial sobre eles? Muitas vezes esqueçemos deles... Lembrar que para transformar uma água qualquer em água benta necessita de pó de prata pode realçar o "sobrenatural" da magia.
"E o pó de prata mescla-se à água do poço, emanando um brilho místico que arrepiaria até o mais cético dos bárbaros".

SOLTE O VERBO!

É um clichê (e exigência de muitos sistemas) que o conjurador profira palavras em alguma língua louca quando solta uma magia.
Traga esse clichê para a sua mesa! Nas minhas poucas experiências como conjurador, sempre tive como aliados os tradutores online para trazer mais emoção às magias.
Já usei para isso o Latim e o Galês, mas devem haver mais línguas divertidas para esse fim.
Aí vão alguns exemplos:

Galês:
Mãos flamejantes: Dwylo Fflamio
Bola de fogo: Tân Pêl
Andar no ar: Gerdded yn yr awyr
Toque chocante: Tagu cyffwrdd

Latim:
Arma espiritual: Spiritus Telum
Assassino Fantasmagórico: Lamina Sicarius
Conjuração de Sobras: Conjuro Umbra
Controlar Água: Aqua Imperio

E por aí vai.

DESCREVA OS EFEITOS:

Em muitas mesas (geralmente as que têm mais jogadores), fica meio difícil para o mestre explicar os efeitos visuais de uma magia específica.
Para isso, eu sugiro que os jogadores o façam. Imaginar como uma magia toma a forma e os efeitos que causam dão um toque especial... Muitas vezes a descrição da magia fica no nome dela e na área que ela alcança, mude isso.

Toque vampírico: "Quando o mago toca o inimigo, pode-se ver uma aura vermelha que sai do corpo da vítima e percorre os braços do conjurador. A feição de dor do inimigo é contraposta pelo prazer revigorante que a magia causa ao conjurador"

ADICIONAIS:

* Em alguns mundos, quando se usa muita magia, ou mesmo quando se usa magia negra, a figura do conjurador vai se denegrindo.
 Certa vez eu fiz um elfo necromante, uma das suas mãos era esquelética, e se ele ficasse um dia sem conjurar magias da morte, a putrefação ia se estendendo pelo braço. Algo que causa espanto aos outros, mas compensa pela interpretação. Isso diferia ele de um mago qualquer (e era muito show!).

*Quando para conjuradores divinos, é interessante "customizar" as magias, deixando elas mais com a "cara" da divindade que o personagem segue.
Quando um clérigo de Tempus (Deus da Guerra) conjurar a magia "Escudo da fé", certamente uma aura vermelha sangue se formará à sua volta, diferente de um clerigo de Selûne (Deusa da noite, da lua) que formará uma aura prateada ou negra à sua volta.
Algumas modificações simples que fogem do Clérigo clichê.

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Bom minha galera, por aqui eu vou ficando. Deixo em aberto esse assunto, se você tiver alguma dica útil para a interpretação de magias, deixe aqui conosco!
Um abraço e até a próxima!






O CavaleiroFelipe Halfen Noll é o Cavaleiro, um apaixonado por fantasia medieval.Quando pequeno, seus olhos brilhavam quando nos desenhos presenciava atos de heroísmo e bravura. O gosto pela coisa nasceu com ele. Veio a conhecer os primeiros jogos de RPG quando tinha 8 anos (num sistema inventado pelo primo mais velho), e desde o momento, nunca mais largou o jogo.

9 comentários:

  1. Semana da magia!? Que tipo de mago sou que não sabia disso? D:

    Belo post, Cavaleiro, ser mago realmente é difícil... já basta ter que decorar as magias e estudá-las a vida inteira sem nunca aprendê-las, mas ainda (nós magos) devemos dar alma a elas! Um mago com uma magia simples tem uma alma simples; magos com magias únicas têm almas únicas!

    Estou filosófico, mas este post me fez refletir.. oO

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  2. Bah Encaitar, se não me engano essa é a semana da magia aqui no blog.
    Não tenho certeza agora, mas acho que era pra todas as postagens ter alguma coisa a ver com magia.
    Eu ando meio ocupado demais com a faculdade e não tenho acompanhado muito os posts dos irmãos da Ordem do RPG, por isso não sei se é valida a minha afirmação na introdução do post.

    Mas se isso é mito, então acabei de criar a semana da Magia! Feriado universal pra todos os usuários de qualquer forma de magia.
    haushaushuas

    Valeu aí companheiro

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  3. Show de bola o post.

    Dúvida... Isso seria legal também para os bardos? Criar nomes para as músicas que ele toca para Fascinar, Inspirar Coragem e demais? O que acham?

    Eu mesma, quando jogava de barda pela net, via Maptools, nas ações eu já deixava programada a descrição das melodias tocadas para cada Música de Bardo, inventando nomes de músicas e como elas eram tocadas.

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  4. Buenas Gisele, uma vez eu joguei de bardo tbm.
    Eu tirei algumas cifras de violão (meio dedilhado, com um ar bem medieval), e dependendo do efeito da magia, eu cantava alguma música mais agitada ou vagarosa.

    Era legal até, mas como eu era afobadinho, até nas horas que o mestre tava querendo seriedade eu ficava tocando alguma coisa (geralmente algum metal, totalmente fora do contexto)

    Elaborar umas músicas fica legal, o difícil é tentar cantar em alguma língua que nem se sabe a pronúncia direito, aushuahs.
    Continua viajando em cima que vai sair alguma coisa bem legal, de certeza.
    ;)

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  5. Essa ideia de usar o google translator foi ótima! Mto legal o post, cavaleiro!

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  6. Cara, muito bom... Vou anotar as dicas =D...

    Puxa, interpretar um bardo pra quem sabe tocar violão é um show a parte na mesa. Pena que eu não sei tocar nem chocalho =/...

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  7. É mesmo Druida... Acho que descobri pq me proibiram de levar a viola
    ¬¬

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  8. Olá, comecei uma aventura como mago, e estou interessado em falar uma frase para cada magia no lugar de só o nome da magia, a pergunta é, vocês sabem de algum lugar que já tenha essa frases prontas para D&D 3.5?, fico aguardando resposta.

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