Que monstro sou eu?

Olá pessoal! Aqui estou novamente com "Que monstro sou eu?". Desta vez, o clérigo de Urthor, Dhamion, e a arcana Sandara irão se deparar com uma criatura a princípio simpática, mas que pode ser muito letal caso queira! 

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*CROC!

O estalo alto na pedra soou estranho aos ouvidos de Dhamion, clérigo de Urthor. Pensando bem, toda a região era estranha, com árvores altas e arbustos cheios, mas justamente aqui, as pedras pareciam como argila seca e quebradiça.

“Tem certeza que está perto?” pergunta Sandara, balançando levianamente sua varinha mágica.

Enquanto os dois conversavam sobre a proximidade ou não do ponto de encontro, algo se aproximava sorrateiramente de maga, rastejando pelo chão. Assim que o primeiro indício de que algo tocara em seu calcanhar, Sandara é puxada violentamente para o chão, enquanto estranhas cordas a prendiam.

O odor de pinheiros começava a tomar o lugar, e enquanto Dhamion tentava livrar sua colega, uma pedra do tamanho de uma melancia acerta-lhe o ombro, fazendo com que o devoto de Urthor urrasse de dor.  A arcana conseguira soltar a mão que segurava a varinha, logo a tempo de invocar um feitiço incandescente que queimasse as cordas que lhe prendiam, liberando um odor horrível e nauseante. Outra pedra atinge o clérigo, mas desta vez, na patela, a ponto de deslocar seu joelho num ângulo não-natural.

Atordoada pelo terrível odor, Sandara procura a direção de onde as pedras vêm, bem a tempo de esquivar-se. Infelizmente, a pedra acerta Dhamion, que para de agonizar e jaz inerte no chão argiloso. Tentando invocar uma barreira mágica, a feiticeira escuta uma risada primitiva e atordoante. Ela tenta se concentrar, mas é como se estivesse num turbilhão de incrível velocidade, tirando-lhe a concentração. 

Rapidamente, duas criaturas do tamanho de um gnomo saem do mato portando estranhas armas. Uma das criaturas ataca com estas lâminas duplas (e afiadas), cortando o tendão do pé de Sandara. Numa dor indescritível, a maga vai ao chão, e logo a segunda criatura se aproxima e corta seu rosto na altura do olho, de forma que a arcana perde seu glóbulo ocular. Em choque e sem saber mais o que fazer, em meio ao mar de sangue que cobria sua vista, Sandara ouve os cascos das criaturas se aproximando vagarosamente, enquanto  a luz do sol refletia na estranha arma, preparada para o último corte.

Rafael Beltrame adora estudar a história do D&D (nos tempos da TSR) e ler módulos dos anos 70-80. Blogueiro compulsivo, trabalha em muitos projetos ao mesmo tempo e não se adapta muito bem às mudanças no campo da informática. Gostaria de morar na Village of Hommlet.